Na comparação entre os estados, as estimativas do Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR) apontam a liderança do crescimento da economia catarinense. Pelo indicador, no mesmo período de 12 meses SC avançou 6,4%, o maior crescimento entre os 13 maiores estados do país.
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Já em relação ao acumulado do ano, de janeiro a junho de 2025, o estado confirmou o destaque econômico, com alta de 6,1%. O governador Jorginho Mello (PL) ressaltou a força da indústria, do turismo, do agronegócio e da logística para o desempenho de Santa Catarina.
“O estado é seguro para novos negócios. Como resultado, mais empresas e pessoas investem aqui, fazendo a nossa economia avançar, gerando novos postos de trabalho e renda para quem mora aqui”, comentou.
As estimativas do estado apontam crescimento de 12,1% da agropecuária, influenciado principalmente pela produção de soja, milho, arroz, feijão, fumo, trigo e cebola. O economista da secretaria, Paulo Zoldan, analisa que o setor foi um forte sustentador da expansão da economia no primeiro semestre.
A indústria de transformação cresceu 6,3% no estado em 12 meses, até junho, com destaque para o setor de máquinas, equipamentos e aparelhos elétricos. O bom desempenho da construção civil e da indústria automobilística também impactou segmentos produtivos locais, como minerais, autopeças e metalúrgico.
No setor de serviços, o crescimento foi de 5,2%. A maior alta veio dos transportes (+8,4%), seguido pelos serviços prestados às famílias (+7,8%), administração pública (6,4%) e comércio (5,5%). Zoldan avalia que o turismo tem impulsionado o setor e deve ganhar ainda mais força com novos voos internacionais e melhorias na infraestrutura.
“Apesar dos bons percentuais, cabe ressaltar que houve uma desaceleração nos indicadores do segundo trimestre de 2025 e todos os setores cresceram menos no estado. Mesmo assim, Santa Catarina mostrou desenvoltura diante da conjuntura nacional, mantendo sua liderança no crescimento econômico”, diz nota da secretaria.
Mercado de trabalho aquecido
O bom desempenho econômico mantém o estado em pleno emprego, com taxa de desocupação de apenas 2,2%, a menor do Brasil, diante da taxa nacional de 5,8%. No acumulado do ano, foram criados 82,9 mil postos formais, o quarto maior saldo do país, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
O saldo representa alta de 3,23%, acima das médias de crescimento da região sul (3,03%) e do Brasil (2,86%). Nos sete primeiros meses de 2025, os serviços lideraram as contratações com 32.968 novos postos, seguidos pela indústria de transformação, com 29.161 novos postos.
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A construção civil, por sua vez, gerou 12.710 novas vagas de trabalho formal e o comércio 6745 novas contratações. O aquecimento do mercado imobiliário no estado tem estimulado a abertura de vagas no setor, que manteve um bom crescimento entre março e junho, acima da média nacional, e segue atraindo grandes projetos e investidores.