Desde 17 de julho, o ex-vereador José Acácio da Rocha está preso no Complexo Penitenciário da Canhanduba, em Itajaí. Ele recebeu uma intimação para comparecer ao fórum da cidade, onde iniciou o cumprimento da pena privativa de liberdade. De lá, saiu algemado direto para a penitenciária.

Em 2017, Acácio foi condenado a sete anos de prisão domiciliar por filmar e divulgar imagens de relação sexual com uma aluna adolescente. A denúncia foi feita por outra estudante, que afirmou ter sido assediada.

Para convencer a jovem a sair com ele, o professor teria mostrado um vídeo íntimo com outra aluna, de 16 anos. À época, ele negou a exibição e alegou que mantinha um namoro com a moça, afirmando ter sido vítima de chantagem. A versão não convenceu a Justiça, que o condenou. Acácio respondia ao processo em liberdade até ser intimado a cumprir a pena.

Além da condenação penal, em dezembro de 2024, Acácio foi condenado por improbidade administrativa após denúncia do Ministério Público. A Justiça determinou o ressarcimento de R$ 45.011,49 aos cofres públicos.

A condenação é referente ao período entre 2017 e 2019, quando ele atuava nas escolas municipais Melvin Jones e Elias Adaime, com carga horária de 40 horas semanais. Além de ser professor efetivo do governo do estado na escola Dom Afonso Niehues, com carga de 10 horas semanais às quartas e sextas à noite, também dava aulas às sextas à tarde.

Segundo o MP, para manter o salário integral ele assinava folhas-ponto mesmo em dias em que não trabalhava, registrando presença em mais de uma escola ao mesmo tempo — inclusive em horários incompatíveis. O caso foi enquadrado como falsidade e enriquecimento ilícito.

A Secretaria de Estado da Administração Prisional confirmou o ingresso de Acácio no sistema prisional catarinense em meados de julho, mas não informou por qual dos casos ele teve a ordem de prisão decretada.