O DIARINHO noticiou recentemente que a Prefeitura de Itajaí vai dar início à construção de habitações populares. Serão centenas delas em terrenos da própria municipalidade.
Faz bem o prefeito em assumir com efetividade essa política pública, qual seja oportunizar condições ao povo de morar em casa própria, porque é grande o déficit de moradias populares na cidade. Até porque as grandes empresas de construção civil têm quase só investido em edifícios de luxuosos apartamentos.
Mas nem sempre foi assim em Itajaí. Lá pela década de 1920, o empresário e político, José Eugênio Müller, juntamente com investidores privados, constituíram a empresa Construtora Catarinense ...
Faz bem o prefeito em assumir com efetividade essa política pública, qual seja oportunizar condições ao povo de morar em casa própria, porque é grande o déficit de moradias populares na cidade. Até porque as grandes empresas de construção civil têm quase só investido em edifícios de luxuosos apartamentos.
Mas nem sempre foi assim em Itajaí. Lá pela década de 1920, o empresário e político, José Eugênio Müller, juntamente com investidores privados, constituíram a empresa Construtora Catarinense, urbanizaram uma área da cidade e puseram-se a construir moradias para pobres e ricos, que veio a ser o atual bairro da Vila Operária.
Essa foi a primeira e única iniciativa de empreendedores privados itajaienses investirem igualmente em habitação para abonados e desabonados financeiramente. Nunca mais se viu por aqui semelhante empreendimento habitacional. E como faz falta!
Foi somente na década de 1950 que os governos federal e municipal estabeleceram parceria, através da Fundação Casas Populares, criada em 1946 pela administração federal, para construir casas populares em Itajaí. O município cedeu uma área confrontante com a rua Uruguai e a Fundação construiu umas dezenas de moradias para a população de baixa renda. Surgiu então o núcleo das “casas populares”, hoje rua Jorge Mattos.
É claro, que aquelas casas nem de longe supriram a demanda por moradias populares. Somente 20 anos depois, nova parceria se firmou entre o governo da União e o Município de Itajaí, através do Banco Nacional de Habitação, o famoso BNH, criado em 1964. Construíram-se em 1973 cerca de 500 casas populares em Cordeiros; o maior conjunto habitacional até agora construído. Surgia, então, o conhecido núcleo habitacional Costa Cavalcanti.
Dali para frente, seguiram-se novas parcerias, sempre envolvendo entidades públicas federais, estaduais e o município. Foi quando surgiram o núcleo habitacional Abdon Fóes, em 1974; núcleos habitacionais na Fazenda e na rua Uruguai, nos anos de 1970; núcleos habitacionais Promorar I, II e III, a partir de 1980, no bairro Cidade Nova; núcleo habitacional do Bambuzal, em 1982, em São Vicente e outros nos anos seguintes.
Muito em boa hora, portanto, retoma a Prefeitura de Itajaí, essa importante e urgente política pública.