O ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina, Silvinei Vasques, deixou Foz do Iguaçu com destino a Brasília às 10h deste sábado, em um avião da Polícia Federal.

Silvinei foi preso no Paraguai e passou à noite de sexta-feira na sede da PF em Foz do Iguaçu. O ex-chefe da PRF havia fugido de sua casa, em São José, na Grande Florianópolis, no Natal, mesmo estando monitorado por tornozeleira eletrônica. Para escapar, rompeu o equipamento e fugiu para Paraguai, onde tentava embarcar para El Salvador usando um passaporte falso.

Silvinei deve passar por audiência de custódia ainda neste sábado, depois de ter tido a prisão preventiva decretada na sexta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes. Na decisão, Moraes apontou que a PF informou que a tornozeleira eletrônica parou de emitir sinal de GPS por volta das 3h de quinta-feira. PFs foram até a casa dele em São José e constataram que ele não estava no local.

No entendimento do ministro, a fuga justifica a decretação da prisão preventiva. “A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva”, decidiu Moraes.

O ex-diretor da PRF foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão na ação penal do Núcleo 2 da trama golpista, que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal, Silvinei determinou a montagem de blitze em locais onde a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva tinha maior intenção de votos, com o objetivo de dificultar o acesso de eleitores às urnas.

Silvinei foi preso preventivamente em agosto de 2023 e ficou um ano detido. Ele havia sido colocado em liberdade provisória por decisão de Moraes, mediante o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e o cancelamento do passaporte.