
Coluna Fato&Comentário
Por Edison d'Ávila - edisondavila47@gmail.com
Edison d´Ávila é itajaiense, Mestre em História e Museólogo, mestre em Cultura Popular e Memória de Santa Catarina. Membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de SC, da Academia Itajaiense de Letras e da Associação de Amigos do Museu Histórico e Arquivo Público de Itajaí. É autor de livros sobre história regional de Santa Catarina
Professora Rosa de Lourdes: mestra emérita, distinta intelectual

Faleceu, no dia passado de 4 de setembro, a professora Rosa de Lourdes Vieira e Silva, mestra de muitos méritos e intelectual itajaiense de grande distinção.
Dona Rosa, como quase todos a chamavam no convívio diário – os sobrinhos a chamavam de tia Lourdes – nasceu em Itajaí, no ano de 1933, numa modesta casa, da rua Camboriú, 117, esquina com a rua Tubarão. Ela descendia pelo lado paterno dos Fernandes Vieira, conhecida e tradicional família itajaiense. Na Fazenda, no que chamou “território da minha infância”, no bairro antigo, viveu toda a sua infância, por ela referida de a “mais longa de todas as nossas viagens”. Ali passou a juventude e assistiu à chegada da idade adulta. Ao se lembrar daquele tempo feliz, dizia sempre não poder esconder “o meu choro de SAUDADE”.
Cedo entrou para o mundo do trabalho, quando aos 17 anos começou a dar aulas numa escola pública do interior de Itajaí, em Itaipava. Então, passou a se construir como mestra dedicada e competente. Surgia, então, a professora Rosa de Lourdes, que passou a atuar nos diferentes níveis do ensino da época: primário, ginásio, secundário, superior. Nesse percurso de laboriosa docência, ela foi intensificando seu gosto e sua amor à Língua Portuguesa. Era exímia cultora da Língua Nacional, que buscava ensinar com esmero a seus alunos e alunas. No seu tempo, ninguém se ombreava a ela em redação oficial. É quando começou a sua expressiva produção literária. Suas saborosas crônicas foram o início da vasta carreira de escritora festejada. Ao lançar o primeiro livro, “Almas de Seda”, crônicas, em 1981, foi a autora saudada pelo também escritor Padre Heriberto José Schmitt, como “a jardineira perenal a preparar corbelhas literárias, multicores, cheias de luz, de perfumes, de vida !”.
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