Colunas


VIDA SEM ANISTIA


A cada dia somos transformados, impelidos por novas circunstâncias, diferentes experiências. Algumas vezes as mudanças se fazem por dramas e tragédias, acidentes e dores. Este lado da virada é mais intenso do que as variações por efeitos positivos. Os erros ensinam mais rápida e intensamente do que os acertos. O sofrimento é uma marca que levamos para sempre em nossa caminhada, ainda que esteja escondido num lugar subconsciente da existência.

O rio nunca é o mesmo no dia seguinte porque a água não é a mesma, apesar de todas as semelhanças de trajeto, forma, volume, movimento. Assim também em nossa vida. As experiências se acumulam e vão nos transformando em seres cuja aparência sugere ser o mesma vida, mas não mais a mesma pessoa. Mudar é parte da condição de existência.

Para facilitar nossa compreensão dessa inevitável natureza existencial costumamos pensar em ciclos temporais, períodos mais longos e significativos aos nossos limites de interpretação. As fases de desenvolvimento humano, logo no início da vida, são vinculadas ao desenvolvimento do cérebro e suas funções. Como seres muito dependentes nossa infância é marcada por um conjunto de cuidados. A cada período a autonomia de ser vai se mostrando.

Sociabilidade e docilidade social são imperativos para a vida coletiva. Gesticular, engatinhar, andar; desejar, aprender a viver em relação aos outros [técnicas sociais e empatias], conhecer ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

O rio nunca é o mesmo no dia seguinte porque a água não é a mesma, apesar de todas as semelhanças de trajeto, forma, volume, movimento. Assim também em nossa vida. As experiências se acumulam e vão nos transformando em seres cuja aparência sugere ser o mesma vida, mas não mais a mesma pessoa. Mudar é parte da condição de existência.

Para facilitar nossa compreensão dessa inevitável natureza existencial costumamos pensar em ciclos temporais, períodos mais longos e significativos aos nossos limites de interpretação. As fases de desenvolvimento humano, logo no início da vida, são vinculadas ao desenvolvimento do cérebro e suas funções. Como seres muito dependentes nossa infância é marcada por um conjunto de cuidados. A cada período a autonomia de ser vai se mostrando.

Sociabilidade e docilidade social são imperativos para a vida coletiva. Gesticular, engatinhar, andar; desejar, aprender a viver em relação aos outros [técnicas sociais e empatias], conhecer novos alimentos e experiências sobre o mundo; aprender a ler e a escrever, apreender as regras do convívio social [respeito, por exemplo] são transformações que condicionam o humano a se estabelecer como ser social.

Os ciclos seguintes estão vinculados ao mundo da produtividade e de ampliação dos vínculos para fora da proteção familiar. É preciso estar preparado e solidamente bem formado para entrar nessa caminhada. Depois de certa idade as pessoas vivem mais fora de casa, longe do controle familiar, do que reclusas. “É hora de trabalhar, de se fazer por si!”

As relações de poder e dominação mudam. As regras do trabalho organizam a vida social. As condutas espirituais e religiosas indicam o arsenal moral que deve ser seguido. As formações educacionais imputam o campo necessário para o conhecimento e o aprendizado institucional. Quem não souber manipular números não poderá viver bem e terá dificuldades de operar relações com o tempo [antes e depois e agora, por exemplo].

Vivemos tão intensamente cada hora de nossa vida, embutidos como armários em uma parede, que precisamos delegar a terceiros um conjunto imenso de decisões que tratarão de nossos passos, nossas caminhadas e nossos ciclos de vida. O voto é uma delegação a terceiros para gerir nossa vida, tal qual a espiritualidade, a educação, o trabalho. Quem tem a responsabilidade de decidir ou influenciar nossos ciclos de vida social não poderá errar. E não poderá ser anistiado.

A anistia eleitoral, feita por deputados e senadores, é uma lei feita por eles, pagos por nós, para decidir sobre ciclos político-eleitorais ao qual somos obrigados a cumprir, e que, por erros deles, será decidido por eles que não poderão [eles] serem punidos. Faz de conta que não ocorreu! Eles que devem nos representar, pagos por nós, como mágicos, desejam apagar ciclos da vida já ocorridos. Não há anistia no trabalho, na religião, na escola quando os tropeços são morais!


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

No réveillon, você é do time que…



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Lula encomenda proposta para reduzir dependência de combustíveis fósseis no Brasil

COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

Lula encomenda proposta para reduzir dependência de combustíveis fósseis no Brasil

Novo licenciamento ambiental é desregulação e pode chegar ao STF, diz presidente do Ibama

PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL

Novo licenciamento ambiental é desregulação e pode chegar ao STF, diz presidente do Ibama

"Tudo desemboca na CVM, que não tem feito seu trabalho”, diz advogada

Banco Master

"Tudo desemboca na CVM, que não tem feito seu trabalho”, diz advogada

Sonhos, ouro e a dura realidade das mulheres no garimpo ilegal do Sararé

GARIMPO

Sonhos, ouro e a dura realidade das mulheres no garimpo ilegal do Sararé

Desperdício no Brasil deixa de abastecer 50 milhões de pessoas

A cada 5 litros, 2 no ralo

Desperdício no Brasil deixa de abastecer 50 milhões de pessoas



Colunistas

Mundo Corporativo

A Difícil Arte de Construir uma Equipe Forte em um Mundo de Pessoas Diferentes

Malcriada na mira

JotaCê

Malcriada na mira

Calçadas precárias em Itajaí

Charge do Dia

Calçadas precárias em Itajaí

Plano Diretor: “A Hora da Verdade para a Câmara de Balneário Camboriú”

Casos e ocasos

Plano Diretor: “A Hora da Verdade para a Câmara de Balneário Camboriú”

Sociedade Guarani

Jackie Rosa

Sociedade Guarani




Blogs

A Prefeitura tem de dar o exemplo

Blog do Magru

A Prefeitura tem de dar o exemplo

Falar ou Silenciar? O Mosquitinho da Repressão Emocional

VersoLuz

Falar ou Silenciar? O Mosquitinho da Repressão Emocional

Saúde mental no fim de ano — um alerta necessário

Espaço Saúde

Saúde mental no fim de ano — um alerta necessário

Eleição Sindilojas Itajaí e Região

Blog do JC

Eleição Sindilojas Itajaí e Região






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.