Por Flávio Perez - redacao@diarinho.com.br
A bordo do esporte
Publicado 24/07/2023 11:24
O barco Crioula foi o Fita-Azul da Regata 100 anos - Atrevida por Boreste - Marinha do Brasil, disputa que abriu a 50ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela. A equipe gaúcha cruzou a linha de chegada às 23h12 do domingo (23) após quase 11 horas de prova.
O veleiro TP52 do atleta olímpico Samuel Albrecht enfrentou uma regata com bastante variação de vento desde a largada no Canal de São Sebastião. Em alguns pontos da travessia de 50 milhas náuticas, os barcos da classe ORC ficaram praticamente parados.
A tripulação do Crioula, que é a atual campeã da SIVI, estava atrás dos argentinos do Sandokan, os primeiros a montar a ilha de Alcatrazes já no final da tarde de domingo. No retorno para o Yacht Club de Ilhabela, os gaúchos reassumiram a liderança aproveitando as características do TP52 e terminaram em primeiro lugar.
''Foi uma regata dura, de paciência e com pouco vento! Tomamos muitas decisões táticas para escolher o melhor caminho. A segunda parte foi uma boa velejada e por sorte a gente chegou'', disse Samuel Albrecht, que divide a campanha na SIVI com o sonho de uma medalha olímpica em Paris 2024 na NACRA 17.
''O TP52 é um barco muito rápido, mas hoje quando o vento parou, as equipes se aproximaram da gente. Não sabemos do resultado, será uma consequência, mas saímos com a sensação de que fomos bem''.
O segundo a cruzar a linha de chegada foi o Phoenix, de Mauro Dottori e Fábio Cotrin, seguido pelo argentino Sandokan.
O Crioula tem uma história de sucesso com a Alcatrazes. Além de ter vencido ano passado, o veleiro bateu em 2018 o recorde da regata em 6 horas, 1 minuto e 42 segundos. A marca anterior anterior era do Camiranga (com a mesma tripulação do Crioula), um Soto65, que completou em 6 horas, 4 minutos 03 segundos, em 2015.
O que é Fita-Azul
A denominação Fita-Azul é dada ao barco que cruza a linha de chegada em primeiro lugar, independentemente da categoria ou tipo de barco. Após a chegada do último veleiro da categoria, a Semana de Vela de Ilhabela divulgará quem venceu no tempo corrigido.
Em uma competição de vela oceânica existe uma fórmula para calcular os resultados quando os barcos são de diferentes tamanhos e áreas vélicas.
Além da classe ORC com o Crioula, a 50ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela tem 130 veleiros das categorias HPE30, Clássicos, C30, BRA-RGS, Bico de Proa, Multicascos e HPE25. As equipes representam 56 clubes e marinas do Brasil e da Argentina.
A próxima disputa para da SIVI será na terça-feira (25) com a Regata Eduardo Souza Ramos.
Resultados da HPE 25 e da C30
Na HPE 25, o percurso foi da Renato Frankenthal de apenas 10 milhas e o vencedor foi o argentino Cabron Argento, seguido por Crazy Phoenix e Ginga. Os quatro veleiros HPE 25 que completam a flotilha não completaram.
''Tivemos uma boa largada e o barco teve uma boa velocidade na primeira parte. O Ginga e o Phoenix aproximaram da gente quando o vento acabou. Fomos trabalhando bordo a bordo para ganhar a regata. Ficamos felizes pelo resultado'', contou Augusto Cortina.
O barco Kairós foi vencedor da regata Ilha de Toque-Toque por Boreste para os veleiros da C30 neste domingo (23). A disputa que abriu a Semana Internacional de Vela de Ilhabela para os monotipos Carabelli 30 contou com oito embarcações, que se revezaram na liderança desde a largada no Canal de São Sebastião, às 12h20.
O Kairós completou o percurso de 20 milhas náuticas em quase seis horas, seguido por Loyalty 06 (Alexandre Leal) e Bravo (Jorge Berdasco), que cruzaram a linha de chegada quase empatados.
Foto: Matias Capizzano
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