Uma comitiva formada por cinco vereadores e pelo vice-prefeito de Itajaí, Rubens Angioletti (PL), fez uma fiscalização na fábrica de farinha de peixe Farol, antiga Kenya, no bairro Cordeiros, nesta quarta-feira. A visita foi motivada por uma nova leva de queixas de moradores dos bairros Cordeiros e São Vicente, incomodados com o fedor vindo da empresa.

Segundo Angioletti, a fiscalização aconteceu após várias reuniões e contou com o apoio da câmara de vereadores. “O diretor Lucas Cipriano, da empresa Farol, mostrou os motivos do cheiro insuportável gerado no processo de transformação de 120 toneladas por dia de restos de peixe, vindos de 160 empresas que vão desde peixarias até a maior enlatadora do mundo. O produto final são oito mil toneladas de farinha de peixe e três mil toneladas de óleo por ano. A farinha é usada para ração, e o óleo, para a produção de cápsulas de ômega 3. Não queremos fechar a empresa nem demitir milhares de pessoas. Todavia, não dá mais pra aguentar o fedor insuportável”, destacou.

Durante a reunião, a empresa se comprometeu em diminuir 40% do problema até o fim de janeiro e mais 40% até o fim de abril. “Eles têm problemas no lavador de gases e, pra isso, devem fechar toda a área que faz esse tratamento, enclausurar”, explicou o vice-prefeito.

Além do vice-prefeito, participaram da reunião os vereadores Adão Bittencourt (PL), Xande Celular (UB), Cristiano Klaus Fischer (PRD), Pedrão Molleri (PL) e Sandro Roberto Serpa (PSDB).

Além das queixas sobre o mau cheiro, a empresa Farol, que pertence ao grupo Patense, está em processo de recuperação judicial para negociar R$ 1,37 bilhão em dívidas e evitar a falência. A recuperação envolve 13 empresas do grupo.