Uma operação da Vigilância Sanitária de Itajaí e do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (Ima) vistoriou, na última sexta-feira, a fábrica de farinha de peixe Farol, a antiga Kenya, após diversas reclamações de moradores dos bairros Cordeiros e São Vicente que não aguentam mais o mau cheiro durante a noite.
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Segundo o diretor da Vigilância Sanitária, Silvio Schaadt, diversas irregularidades foram encontradas e a empresa foi notificada pelo Ima. “Eles não podiam processar peixe podre ali, e ...
Segundo o diretor da Vigilância Sanitária, Silvio Schaadt, diversas irregularidades foram encontradas e a empresa foi notificada pelo Ima. “Eles não podiam processar peixe podre ali, e a gente constatou que estavam fazendo. Mas, no dia da vistoria, havia um diretor da empresa no local. Eles já tinham mudado várias coisas e os moradores já não estão sentindo o mau cheiro”, explicou Silvio.
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Silvio conta que os fiscais encontraram pescado acumulado para processamento e tudo foi removido. Todo o pátio passou por uma limpeza. As caçambas com peixe podre encontradas no local foram levadas para o aterro sanitário ou para a planta da empresa em Biguaçu. O camarão encontrado também foi encaminhado para a unidade de Biguaçu.
A empresa firmou acordo com o Ima para destinar os pescados a três locais específicos, evitando que fiquem apodrecendo no pátio da fábrica em Cordeiros.
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Após a notificação, a empresa tem até esta quarta-feira para resolver o problema do mau cheiro – quando deve ocorrer uma nova vistoria, segundo o Ima. Caso os fiscais confirmem novamente o fedor, a fábrica será autuada por poluição, com multa pesada e poderá até ser interditada.
Até a próxima sexta-feira, o Ima deve concluir o processo de enquadramento do auto de infração, levando em conta as melhorias feitas pela empresa e a análise técnica da Vigilância Sanitária.
Um dos principais problemas identificados no pátio da Farol é o excesso de peixe que ultrapassa capacidade da destinação de resíduos. Uma das soluções propostas pelos fiscais é a transferência da recicladora para uma área menos habitada, com melhorias no tratamento de gases e, se possível, a instalação de estrutura de resfriamento ou congelamento dos resíduos, especialmente em períodos de pico de safra, como o atual.