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Velório de Luis Fernando Verissimo acontece neste sábado

Despedida é aberta ao público na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul

Sepultamento será em cerimônia restrita à família ainda no sábado (Foto: Divulgação/Unesp)
Sepultamento será em cerimônia restrita à família ainda no sábado (Foto: Divulgação/Unesp)

O sábado é de despedida para um dos maiores escritores e cartunistas do Brasil. Morreu nesta madrugada o gaúcho Luis Fernando Verissimo, aos 88 anos. O corpo está sendo velado no Salão Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. 

A cerimônia é aberta ao público. Familiares, amigos e admiradores do trabalho de Verissimo podem prestar uma última homenagem ao escritor até as 16h45 deste sábado. Em seguida, acontece o sepultamento, que será restrito à família. 

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O gaúcho faleceu nas primeiras horas de sábado, após complicações de uma pneumonia grave. Luis estava internado desde o dia 11 de agosto no Hospital Moinho de Vento, em Porto Alegre. De acordo com boletins médicos, o cartunista já enfrentava problemas cardíacos, sequelas de um AVC sofrido em 2021 e Parkinson. 

Ele deixa a esposa Lúcia Helena Massa e três filhos, Pedro, Fernanda e Mariana. O governador Eduardo Leite (PSD) decretou três dias de luto oficial no estado.

 

Um dos maiores cronistas do Brasil

Filho do também escritor Érico Verissimo, Luis Fernando lançou mais de 80 livros, entre eles As Mentiras que os Homens Contam, O Popular: Crônicas ou Coisa Parecida, A Grande Mulher Nua e Ed Mort e Outras Histórias. Mas foi com as crônicas e os contos que se consagrou como um dos autores mais populares do país.

Entre seus personagens mais famosos estão o Analista de Bagé, lançado em 1981 e sucesso imediato de vendas, o detetive Ed Mort e as tiras de As Cobras. Seu humor irônico também esteve na televisão, com a série Comédia da Vida Privada, exibida pela TV Globo nos anos 1990.

Além de escritor, trabalhou como cartunista, tradutor, roteirista, publicitário, revisor e dramaturgo. Apaixonado por música, cultivava o saxofone como hobby e chegou a se apresentar em grupos amadores.

 

“Queria ser lembrado pelos livros e por um solo de saxofone”

Verissimo começou a escrever “tarde”, como ele mesmo dizia. Até os 30 anos, trabalhou em várias áreas até ingressar no jornal Zero Hora, nos anos 1960, onde descobriu a vocação de cronista.

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Com fama de ser um homem reservado, brincava que não era ele que falava pouco, “os outros é que falavam demais”. Em 2017, ao completar 80 anos, disse como gostaria de ser lembrado: “Pelo que eu fiz, pelos meus livros. E talvez por um blues de saxofone bem acabado”.

Na mesma entrevista, refletiu sobre a vida: “No fim, pensando bem, a vida é uma grande piada. Acontece tudo isso com a gente, e a gente morre... Que piada de mau gosto. Mas acho que temos que encarar isso com resignação e bonomia”.

 

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Repercussão

A morte do escritor gerou grande comoção. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a relevância do autor:

 “Dono de múltiplos talentos, cultivou leitores em todo o Brasil com suas crônicas, contos, quadrinhos e romances. Criou personagens inesquecíveis, como o Analista de Bagé, As Cobras e Ed Mort. Soube usar a ironia para denunciar a ditadura, o autoritarismo e defender a democracia”, escreveu.

O governador Eduardo Leite disse que o país perde um dos grandes nomes da literatura nacional, “cuja obra marcou gerações de leitores com humor peculiar e inteligência”.

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Escritores também prestaram homenagem. Itamar Vieira Júnior, autor de Torto Arado, resumiu: “Uma lágrima e muitas salvas, Mestre Luís Fernando Verissimo!”. Walcyr Carrasco escreveu: “Perdemos um dos grandes da nossa literatura. Um gigante que fez da simplicidade a sua genialidade. Descanse em paz”.






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