A confusão teria sido motivada por uma reunião entre o Conseg e o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, Rafael Vicente, que foi feita sem a presença do secretário. Evaldo só teria tomado conhecimento do encontro, que discutiu ações para conter a desordem provocada por menores de idade, por meio da imprensa.
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Segundo Sirlei, logo após a reunião com o comandante da PM ela começou a sofrer ameaças e ataques nas redes sociais de dois moradores, além da ligação ofensiva do secretário. As agressões aconteceram na terça-feira da semana passada, numa ligação que foi gravada por ela. Na ligação, Evaldo a teria xingado de “babaca”, “ser humano horroroso”, “vou te fuder”, “vou te quebrar ao meio”, entre outros xingamentos.
No boletim de ocorrência, Sirlei informou que vai representar Evaldo criminalmente. Ela também relatou o caso à prefeita Juliana Pavan (PSD), cobrando providências sobre a postura do secretário.
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O DIARINHO tentou ouvir Sirlei nesta segunda-feira, mas amedrontada ela não quis falar. “Não quero falar. Estou com medo”, limitou-se a responder à reportagem. A prefeitura de BC também não informou se a prefeita Juliana Pavan tomará alguma medida diante da denúncia.
“Ofereci meu pedido de perdão, pois o proferido não expressa meu formato normal de conversa”, disse Evaldo
Já o secretário Evaldo, que é morador do bairro dos Pioneiros, divulgou uma nota para esclarecer o bafão com a presidente Sirlei. Ele alegou que entrou em contato com a presidente da associação como morador do bairro e não como secretário de segurança de BC.
Evaldo disse que, recentemente, a presidente da associação removeu os dois servidores da secretaria de Segurança Pública do grupo de moradores do bairro, com a justificativa de que estavam fazendo postagens demais, informando sobre as ações feitas pela secretaria de BC. “Ora, não há restrição prévia em relação à ação que vinha sendo desempenhada, e também a frequência do serviço de informações não se compara ao restante de mensagens aleatoriamente enviadas por outras pessoas, sobre assuntos que, enquanto morador, não considero deveras pertinente aos partícipes do grupo”, alegou.
Evaldo reconheceu que se passou com a presidente e já pediu desculpas. “Ao expressar minha indignação pela retirada dos servidores do grupo, que reforço, são moradores, fui repelido com várias justificativas e tom elevado, momento em que também elevei o tom, proferindo diversas palavras que reconheço como sendo excessivas, mas que as quais, depois, em reunião presencial com a sra. Sirlei, gentilmente ofereci meu pedido de perdão, pois o proferido não expressa meu formato normal de conversa”, alegou.
Evaldo alega que foi cobrado por outros moradores do bairro da não participação da secretaria de Segurança na reunião. “Expliquei que não fomos informados da reunião, o que questionei, haja vista a presença de forças de segurança estaduais na mesma reunião. Ora, enquanto membros de segurança pública, e fortemente atuantes no bairro onde somente neste ano de 2025, por exemplo, a Guarda Municipal já atendeu 280 ocorrências no Pioneiros, fomos completamente ignorados em relação a esta reunião, que reforço, tinha outras forças de segurança, que por sua vez foram convidadas”, completou.
Evaldo finalizou a nota dizendo que, enquanto morador, está sempre preocupado com as ações desenvolvidas no bairro, principalmente, com as realizadas por forças de segurança, e que quer o bem-estar e tranquilidade de todos os moradores. “E como secretário, reforço o nosso compromisso em atender bem a população e também mantê-la informada de todas as ações. E por fim, enquanto Evaldo Hoffmann, reforço o meu respeito, admiração e estima pela sra. Sirlei e o trabalho que ela vem desenvolvendo frente a Associação de Moradores do Bairro dos Pioneiros”, finalizou.