Com histórias cheias de imaginação e superação, Samuel Vitor, de nove anos, autista, lançou seu primeiro livro: “O Sapo Sapeca e o Mistério do Lago Negro”. A obra nasceu da vontade de contar histórias com autenticidade.

Diagnosticado com autismo aos sete anos, Samuel se tornou escritor com o incentivo do pai, Paulo Santos, criador da “Turma do Sirizinho”. Ao perceber o talento do filho, Paulo fez de tudo para que o sonho se tornasse realidade — e conseguiu.

A equipe da clínica Toten, onde Samuel faz terapia, e a escola Santo Anjo, que acredita em seu potencial, formam uma rede de apoio essencial para o desenvolvimento emocional, social e intelectual do menino.

A família também desenvolve um projeto para levar a história de Samuel a todas as escolas. Ainda nesta terça-feira, ele será homenageado na câmara de vereadores de Navegantes pelo vereador Arthur Emílio.

Para muitas mães que recebem o diagnóstico de autismo com medo e incerteza, Samuel é uma luz. A mãe dele, Jéssica Santos, comentou: “Eu queria que ele fosse uma inspiração para outras mães, que elas vissem que, mesmo com limitações, seus filhos têm habilidades incríveis. Isso já é motivo de gratidão eterna. Nós, mães, não podemos olhar apenas para as dificuldades, mas enxergar os resultados positivos que nossos filhos nos trazem. Não é fácil, mas podemos tirar muita coisa boa disso tudo. Precisamos parar de ver o autismo como algo ruim e mostrar ao mundo o quanto eles são maravilhosos.”

O pai, Paulo Santos, também falou sobre o significado de incentivar o filho: “Incentivar um menino autista a escrever um livro é mais do que um ato de amor; é um ato de resistência e esperança.”

Samuel Vitor vem inspirando outras crianças autistas. Por meio da escrita, ele tem conseguido expressar sentimentos e criar vínculos com as pessoas.