Mais de 13.150 alunos em escolas de Santa Catarina não têm acesso à água potável. A situação, considerada crítica, também envolve outras deficiências como a ausência de esgotamento sanitário, conforme apontado pelo Censo Escolar 2024.

Entre segunda e sexta-feira, 50 promotores do Ministério Público de Santa Catarina, com apoio do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (Cije), visitaram escolas que apresentaram ao menos uma das quatro principais deficiências. A ação integra o projeto Sede de Aprender e foi realizada em 40 municípios do estado.

Segundo o levantamento, duas escolas não têm nenhum tipo de abastecimento de água, 33 não possuem sistema de esgotamento sanitário e outras 30 funcionam sem banheiros.

Em Itajaí, escolas também enfrentam dificuldades. No bairro Murta, uma unidade com quase mil alunos ficou 10 dias sem abastecimento de água, afetando banheiros e o preparo da merenda escolar. O problema ocorreu no mês de abril.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) ainda não divulgou o resultado completo da fiscalização, mas o auditor Paulo Bastos, coordenador do programa, antecipou que foram detectadas falhas nas estruturas.

A Secretaria de Estado da Educação (SED) afirmou, por meio de nota, que articula ações com a Vigilância Sanitária, prefeituras e coordenadorias regionais para identificar e atender as necessidades de cada escola.

Para Fernando Comin, presidente da comissão da Infância, Juventude e Educação do Conselho Nacional do Ministério Público, os problemas identificados são intoleráveis.