Nessa quarta-feira, 50 dias depois do incêndio no Warung Beach Club, o Corpo de Bombeiros de Itajaí divulgou o resultado da perícia. As chamas que destruíram a casa noturna iniciaram no Bar 5, próximo a um refrigerador. A partir deste ponto, o fogo se propagou. O Corpo de Bombeiros não conseguiu identificar a causa exata do início do fogaréu.
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No bar, os bombeiros encontraram uma fiação elétrica com traços de fusão, ou seja, a rede elétrica permaneceu ligada durante as chamas. “O refrigerador foi analisado detalhadamente, seu ...
No bar, os bombeiros encontraram uma fiação elétrica com traços de fusão, ou seja, a rede elétrica permaneceu ligada durante as chamas. “O refrigerador foi analisado detalhadamente, seu compressor foi aberto para observar as marcas de combustão e foi constatado que não foi ali que surgiu o incêndio”, informa o laudo.
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A perícia, após testadas várias hipóteses, aponta para duas possibilidades para o início das chamas: falha de equipamento ou curto-circuito. A corporação também destacou que não foram encontrados vestígios de incêndio criminoso.
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Segundo a perícia, a dificuldade para localizar o foco inicial ocorreu devido à proporção e a duração do incêndio no Warung. O incêndio ocorreu na manhã do dia 22 de fevereiro e foi combatido por cerca de 25 bombeiros militares, com o uso de 300 mil litros de água.
Os bombeiros levaram 15 minutos para chegar ao local, desde a primeira ligação ao telefone de emergência 193, que foi registrada às 10h25. O combate às chamas e o rescaldo duraram cinco horas, com esquadriamento do local e escavação dos escombros, bem como o levantamento aéreo do incêndio feito com drone.
O incêndio logo se alastrou, segundo os bombeiros, porque a parte mais antiga da casa era de madeira e tinha cobertura com telha e manta a base de polímero sintético, que são materiais inflamáveis. “Diversas evidências referente à origem do incêndio foram perdidas devido à queima intensa e prolongada dos materiais construtivos”, destacou a perícia.
Os bombeiros ainda reforçaram que a casa noturna tinha habite-se regular. “Porém não foi possível utilizar o sistema hidráulico preventivo durante o combate por conta do rápido alastramento do incêndio que ocasionou o colapso da estrutura e, consequentemente, prejudicou este sistema”, explicou a perícia. Diferente da informação preliminar, que apontou falha no sistema hidráulico, o laudo da perícia não cita este ponto.
20 anos de história
A pista destruída pelas chamas foi a original, que foi construída na fundação do clube há 20 anos. A pista nova, a Garden, que é de alvenaria, não chegou a ser atingida. O escritório e os fundos da casa noturna também escaparam.
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O clube não tinha seguro. Na época do incêndio, o Warung divulgou que tinha investido nos últimos dois anos R$ 4 milhões na construção da nova pista e na manutenção do “templo da música eletrônica”.
Procurado pelo DIARINHO nesta quarta-feira, o Warung ainda não informou se pensa em reconstruir a pista destruída pelas chamas e se haverá reabertura do clube que estava entre os 10 melhores do mundo quando o assunto é música eletrônica.