Parece uma corrida para saber como deixar a situação pior. Parlamentares, que conversam em corredores e tentam se escapar das críticas que lhes cabem pelo comportamento que nos oferecem, não descansam. Há a pintura com tinta rala de aprovar a proposta sobre a transferência de pagamento de imposto de renda, segundo a qual trabalhadores que recebem menos ficam isentos enquanto os mais ricos assumem a conta. “Justo! Muito justo! Justíssimo!”. Na mesma noite, na mesma balada, os parlamentares lançam a faca na nuca do dinheiro que não é deles: vem aí cinco bilhões de reais para cobertura do Fundo Eleitoral.
A história de tragédias inicia com a tentativa de se isentar os congressistas de qualquer possibilidade de investigação judicial [“Blindagem”]. Isso causou um grande tremor aos pés dos “nossos representantes”. É uma história de um caminhão carregado de material inservível para o uso dos “cidadãos” [quem dera fôssemos considerados nas votações dos parlamentares!].
Na série de horrores há o episódio da necessária revisão da quantidade de parlamentares, e simplesmente os congressistas resolveram aumentar a quantidade de “representantes da população”. Vexame 1! Houve o capítulo do motim na mesa diretora da Câmara de Deputados e do Senado, como forma de pressão para promover mudanças de decisões jurídicas: vexame 2! Há de lembrarmos para sempre a quantidade de potenciais [?] desvios de emendas parlamentares. Criou-se um regime de quase nenhuma transparência e a tentativa permanente de se deixar tudo às escondidas: irresponsabilidade geral, vexame 3!
Os benefícios que os parlamentares aprovam aos parlamentares é outro capítulo da série. Salário de R$ 46.366,19, além de 13º! E tem mais: Auxílio Moradia de R$ 4.253,00; Cota para o Exercício ...
A história de tragédias inicia com a tentativa de se isentar os congressistas de qualquer possibilidade de investigação judicial [“Blindagem”]. Isso causou um grande tremor aos pés dos “nossos representantes”. É uma história de um caminhão carregado de material inservível para o uso dos “cidadãos” [quem dera fôssemos considerados nas votações dos parlamentares!].
Na série de horrores há o episódio da necessária revisão da quantidade de parlamentares, e simplesmente os congressistas resolveram aumentar a quantidade de “representantes da população”. Vexame 1! Houve o capítulo do motim na mesa diretora da Câmara de Deputados e do Senado, como forma de pressão para promover mudanças de decisões jurídicas: vexame 2! Há de lembrarmos para sempre a quantidade de potenciais [?] desvios de emendas parlamentares. Criou-se um regime de quase nenhuma transparência e a tentativa permanente de se deixar tudo às escondidas: irresponsabilidade geral, vexame 3!
Os benefícios que os parlamentares aprovam aos parlamentares é outro capítulo da série. Salário de R$ 46.366,19, além de 13º! E tem mais: Auxílio Moradia de R$ 4.253,00; Cota para o Exercício de Atividades Parlamentares de até R$ 51.000,00 [a depender do estado]; Verba de Gabinete de R$ 125.478,70. E uma curiosidade: no início e no fim de mandato cada deputado recebe o valor de um salário [R$ 46.366,19] como Auxílio Mudança. Para cuidar da Saúde, os deputados pagam valor inferior a R$ 1.000,00/mensais [com inclusão de dependentes – cônjuge, filhos com até 21 anos solteiros, irmãos inválidos ou interditados], e todos os custos de saúde fora do plano podem ser reembolsados [R$ 100.000.000,00 nos últimos 6 anos] – basta a comprovação com nota fiscal.
Dos “Anões do Orçamento” [anos 1990], do “Mensalão” e a mão-leve de Diretor dos Correios recebendo propina [anos 2000], do “Petrolão” e “Lava Jato” [anos 2010], até as Emendas Parlamentares sem transparência mínima necessária, e todos os enroscos com os quais nos “presenteiam”, há ainda os recursos de Fundo Partidário no valor de R$ 1.368.000.000,00. Sem surpresas, os Parlamentares ainda aprovaram o Valor do Fundo Eleitoral para as eleições 2026 no montante de R$ 4.960.000.000,00.
O dourado orçamento público e suas formas de uso são exageros quase insuportáveis aos trabalhadores e empresários brasileiros. A Democracia precisa de dinheiro para cobrir seus processos, pessoal e insumos, e deve entregar muito. A própria forma de uso dos recursos públicos é parte do necessário compromisso com a Democracia. Na contramão deste princípio temos a “Elite de Privilégios” insaciável!
Ao fim há a sensação de que as eleições criam o eleitor que se desmancha no ar na segunda-feira pós-eleitoral! Melhor nos olharmos no espelho antes de votar!
*Mestre em Sociologia Política