Uma mansão que já foi de Clara Nunes, uma ilha paradisíaca em Angra dos Reis (RJ), um jogador de futebol da Seleção, um empresário e político de Minas Gerais e um advogado influente próximo à família Bolsonaro. O script está num processo que chegou ao TJRJ, sob relatoria do desembargador Adriano Guimarães. A disputa é pela propriedade de fração da Ilha Comprida. Espólio da cantora, foi vendida há décadas para a M. Locadora de Veículos, de Santos. No processo, de um lado estão as empresas do jogador e do empresário – que alegam ter comprado a posse em 2011 da M. Locadora. Endividada e sem as certidões negativas à época do negócio, fechou-se “contrato de gaveta” sem escrituras. De outro lado, o advogado Willer Tomaz, cujos clientes contestam o negócio de “gaveta”, e que conseguiram em maio o despejo dos caseiros da outra parte com liminar do desembargador. Willer alega que os clientes pagaram a posse aos donos da M. Locadora e regularizaram impostos de R$ 2 milhões para assumir o imóvel. O cerne da questão na mesa do TJRJ é: neste período, os donos da M. Locadora venderam a mansão da ilha para dois compradores diferentes? A ilha é bem visitada há anos em Angra. Recentemente, passaram por lá a passeio o senador Flávio Bolsonaro e o então ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).
O retorno de Dirceu
Fundador do PT, embora empurrado para escanteio no jogo do Poder, José Dirceu não precisa de aval de Lula da Silva para articular apoio ao candidato. E o está fazendo. Viaja para capitais a fim de articular palanques e reforçar os quadros dos diretórios do partido a fim de fidelizar líderes locais sob sua tutela. É o velho Dirceu, de volta.
Requião revoltado
Ex-governador pelo Paraná, Roberto Requião tem poder no MDB estadual e o seu espólio eleitoral. Mas nem tanto mais, na visão dos amigos do PT, pela cena flagrada há dias no Hotel Canta Galo, em Jacarezinho (PR). Ele telefonou para Gilberto Carvalho e reclamou da falta de apoio à sua candidatura ao governo que vai abrir palanque a Lula no Estado. Lamentou viajar só de carro e exigiu apoio oficial, ou vai pegar a canga e ir para uma praia. Destilou reclamações, diz testemunha ocular. Requião foi prefeito de Curitiba quando a hoje presidente do PT, Gleisi Hoffmann, era líder estudantil.
Bolsa-cafezinho
Depois de o Governo cravar o Auxílio de R$ 600 para os pobres, a presidência do Banco do Brasil entrou na onda e deu agrado, mesmo simbólico, aos funcionários. Aumentou de R$ 15 para R$ 40 este mês a Verba de Relacionamento Interno (existe desde 2002) em comemoração ao lucro recorde.
BRICS na pista
Foi-se o tempo em que o BNDES ou bancos estaduais eram os principais canais de fomento para obras de administrações públicas. O Banco dos BRICS, presidido pelo brasileiro Marcos Troyjo, acaba de liberar R$ 59,6 milhões para a prefeitura de Curitiba investir no aumento da capacidade e velocidade nas pistas do BRT da capital.
Ex-corretor da União
A meta do Governo em fazer caixa na venda de preciosos imóveis fez a “primeira vítima”. Foi demitido o chefe da Superintendência da Secretaria de Patrimônio da União em Brasília por “valer-se do cargo para lograr proveito”.
ESPLANADEIRA
# Camerata Uerê abriu festejos da Independência com concerto no Consulado de Portugal. # Dispositivo para lavagem nasal infantil, da AGPMED, representa mais de 40% da produção atual da empresa. # Jornalista Francisco Câmpera estreia na política como candidato a deputado federal em MG # Tekbond renova contrato com o Santos FC até fim de 2023. # Programa Esse Rio é Meu, do Planetapontocom, atua com escolas do Rio de Janeiro para preservação e recuperação de 18 rios.