
Coluna Fato&Comentário
Por Edison d'Ávila - edisondavila47@gmail.com
Edison d´Ávila é itajaiense, Mestre em História e Museólogo, mestre em Cultura Popular e Memória de Santa Catarina. Membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de SC, da Academia Itajaiense de Letras e da Associação de Amigos do Museu Histórico e Arquivo Público de Itajaí. É autor de livros sobre história regional de Santa Catarina
Dona Elizabeth Malburg e patriotas exaltados

Elizabeth Maria Reiser Malburg (1876/1996), esposa do comerciante e industrial Bruno Fernando Malburg, era filha de imigrantes alemães estabelecidos em Itajaí como comerciantes (hoteleiros). Sua mãe, também de nome Elizabeth, fora ainda exímia parteira de muitos nascidos nos fins do século XIX e início do seguinte.
Os alemães e seus descendentes em Itajaí tiveram boa convivência com itajaienses de outras etnias, mormente com luso-brasileiros. É verdade que estranhamentos havia, mas só ocasionavam conflitos quando em razão de desentendimentos particulares. No entretanto, durante os períodos da 1ª e 2ª Guerras Mundiais, os atos exacerbados de patriotismo e nacionalismo brasileiros resultaram em violência e perseguições a alemães e descendência na cidade.
Durante a 1ª Guerra Mundial (1914/1918), manifestações conduzidas por líderes exaltados, dentre os quais o professor Henrique Midon, diretor do Grupo Escolar Victor Meirelles, ocasionaram depredações em residências e firmas de germânicos, ofensas e desaforos pessoais. Nessa ocasião, os padres da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, que dirigiam a paróquia de Itajaí desde 1905, tendo à frente o vigário Padre José Foxius, assim como as Irmãs da Divina Providência, do Colégio Paroquial São José, todos nascidos na Alemanha ou de origem alemã, foram expulsos da cidade.
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