No populismo a vontade do povo é intermediada por um messias, um salvador, um condutor capaz de sintetizar seus sentimentos e vontades. Este ser, quase um super-herói, passa a interpretar os sentidos da vida das pessoas e da política do país. De suas conclusões nascerão os salvo-condutos, a esperança de conquistas e as cargas de vinganças.
Por ser conduzido por uma única pessoa em nome de todos, estabelece a relação maniqueísta entre o bem e o mal, o certo e o errado, o bom e o ruim. Em todos os regimes de formulação populista a história política registra catástrofes sociais e autoritarismos “de fio desencapados”. Nenhum populismo, de esquerda ou de direita, acabou em campos de democracia e de Estado de Direito. A vontade de um não pode imperar a vontade de todos!
E porque a crença na “salvação” está na orientação de “um Salvador” estão dispensados todos meios, todas as negociações, todas as críticas. As nascentes do autoritarismo e de golpes respiram o ar do populismo. A vontade do povo já está interpretada e ajuizada; o bem já está definido; o mal já foi identificado.
Os meios de comunicação ou servem a este Senhor ou são descredenciados de fé pública. Jornais, Programas de televisão ou de rádios ou são alinhados ou são adversários. Já não há notícias ou fatos, mas a vontade do povo interpretada. Os processos de eleição ficam sob suspeita porque, em fundamento, são os depositários de vontade coletiva. Se eleições colocam em xeque o “Senhor da Salvação”, serão consideradas, primeiramente, sob suspeita: “se eu não for o vencedor é porque houve fraude”. E se não servem aos propósitos populistas, deverão ser suprimidos ou modificados ao gosto do “Senhor”.
No populismo o sistema de justiça somente poderá ser justo se contiver os desejos do “Senhor”. Sempre que tal não ocorra o Juiz não poderá está correto, independente da lei ou arranjo legal que possa levar para fundamentar sua conclusão. No populismo “melhor fechar tudo” e deixar ao sabor da vontade do “Senhor da Salvação”.
O populismo em preto e branco
O populismo é uma formulação política que credita ao povo uma condição de unicidade ou homogeneidade carregada de valores positivos duradouros. No populismo o povo é autêntico com tradições e conservadorismo que os faz portadores do fundamento da política. Tudo na política deve ser endereçado ao povo, este ser supremo.
No populismo a vontade do povo é intermediada por um messias, um salvador, um condutor capaz de sintetizar seus sentimentos e vontades. Este ser, quase um super-herói, passa a interpretar os sentidos da vida das pessoas e da política do país. De suas conclusões nascerão os salvo-condutos, a esperança de conquistas e as cargas de vinganças.
Por ser conduzido por uma única pessoa em nome de todos, estabelece a relação maniqueísta entre o bem e o mal, o certo e o errado, o bom e o ruim. Em todos os regimes de formulação populista a história política registra catástrofes sociais e autoritarismos “de fio desencapados”. Nenhum populismo, de esquerda ou de direita, acabou em campos de democracia e de Estado de Direito. A vontade de um não pode imperar a vontade de todos!
E porque a crença na “salvação” está na orientação de “um Salvador” estão dispensados todos meios, todas as negociações, todas as críticas. As nascentes do autoritarismo e de golpes respiram o ar do populismo. A vontade do povo já está interpretada e ajuizada; o bem já está definido; o mal já foi identificado.
Os meios de comunicação ou servem a este Senhor ou são descredenciados de fé pública. Jornais, Programas de televisão ou de rádios ou são alinhados ou são adversários. Já não há notícias ou fatos, mas a vontade do povo interpretada. Os processos de eleição ficam sob suspeita porque, em fundamento, são os depositários de vontade coletiva. Se eleições colocam em xeque o “Senhor da Salvação”, serão consideradas, primeiramente, sob suspeita: “se eu não for o vencedor é porque houve fraude”. E se não servem aos propósitos populistas, deverão ser suprimidos ou modificados ao gosto do “Senhor”.
No populismo o sistema de justiça somente poderá ser justo se contiver os desejos do “Senhor”. Sempre que tal não ocorra o Juiz não poderá está correto, independente da lei ou arranjo legal que possa levar para fundamentar sua conclusão. No populismo “melhor fechar tudo” e deixar ao sabor da vontade do “Senhor da Salvação”.
O Populista é o contrário de um Estadista. Este, o Estadista, faz da política um ato de instituições, fortalece as estruturas e dinâmicas da ação política, se acredita com o dever de informar por meios de comunicação e debater os caminhos com o Congresso Nacional. Não se coloca como salvador e procura legitimar seus atos por leis, regimentos, regulamentos e convenções institucionais.
Um Estadista, em momento de crise, provoca a conciliação e a união dos poderes e instituições, e procura integrar seus representantes. Um Populista, ao contrário, agrava crises, culpa os outros [representantes do mal], vive do conflito e tem adoração pelo confronto.
O Populista é o contrário de um Estadista. Este, o Estadista, faz da política um ato de instituições, fortalece as estruturas e dinâmicas da ação política, se acredita com o dever de informar por meios de comunicação e debater os caminhos com o Congresso Nacional. Não se coloca como salvador e procura legitimar seus atos por leis, regimentos, regulamentos e convenções institucionais.
Um Estadista, em momento de crise, provoca a conciliação e a união dos poderes e instituições, e procura integrar seus representantes. Um Populista, ao contrário, agrava crises, culpa os outros [representantes do mal], vive do conflito e tem adoração pelo confronto.