Coluna Exitus na Política
Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br
O reino de Marte
Em breve tempo passado, o robô Perseverance pousou no Planeta Marte. A missão Mars 2020 pretende descobrir formas e condições potenciais de vida e fazer análises de matérias deste planeta tão obscuro aos nossos conhecimentos. Marte sempre assombrou o pensamento de uns tantos, foi elemento de festejos galácticos de outros. Um mundo que nos afeta por simbolismos, elocubrações e alucinações; um planeta que se manifesta por fantasias e enredos mirabolantes, espantosos.
Em voo rasante e na velocidade da luz, a Corte dos Deputados Federais, cuja função republicana é representar os interesses e vontades da população brasileira, decidiu promover uma Proposta de Emenda à Constituição [PEC] para proteger seus pulsos das argolas de aço: missão Salus [Salvação]. Mais um chacoalho Na Jovem Constitucional.
Esta Jovem já sofreu tantos reparos, remendos, costuras e emendas que trafega para o futuro sem meta, sem compasso, sem personalidade. A cada “metida de mão para reescreve-la” seu corpo é torturado, estuprado; seus instintos são asfixiados. Com o olho esbugalhado, com fios de sangue no glóbulo provocados pelo pavor, a jovem se enfraquece a cada manhã e está preste a ser parte do torturador. Torturadores, muitos, de muitas mãos.
A Costura que se orienta para “santificar os clérigos medievais em todas as ordens sacras”, que os tornam “impecáveis legais” e com “almas antecipadamente salvas” sofre da demência ditatorial, da inimputável razão marciana de ter um mundo próprio, de ser distante da realidade terrena. Corte de Deputados, que se tornam soberanos de um reinado fundado no despotismo insano.
Os perseverantes que têm a função de representar os interesses e vontades da população brasileira estão explorando terrenos tão obscuros quanto Marte nos parece ser. Com ascendência na quarta dimensão estelar, estão se assegurando contra seus pútridos pecados, interessados no sacerdócio mais do que nas escrituras. Nas Cerimoniosas Reuniões de Líderes, decidem os sacramentos ardis para remunerar suas condutas pustulentas. Sua função uma vez teria sido a de representar os interesses e vontades da população brasileira.
Os perseverantes estão em busca da descoberta de formas e condições potenciais de poder; aceleram as tentativas de provocar o afastamento da punição dolorida e da flagrante pustema moral. Residir no Reino de Marte: um planeta tão obscuro aos nossos conhecimentos e que trafega em fantasias e enredos mirabolantes, espantosos.
O Reino de Marte, nas Escrituras originais tem a função de representar os interesses dos mundanos terrenos, daquelas almas que sofreram tantos reparos, remendos, costuras e emendas que trafegam para o futuro sem meta, sem compasso, sem personalidade. Almas que vivem num puxadinho do universo. Flutuam no ar, onde não há oxigênio para todos.
O Reino de Marte, do Sacerdócio Parlamentar, das almas perdidas sem oxigênio para todos! Um Reino distante de nosso chão, que se manifesta por fantasias e enredos mirabolantes, espantosos.