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Por que a omissão?
Paulo Bornhausen O Vale do Itajaí está perdendo uma oportunidade única de reestruturar um dos seus mais importantes patrimônios: o aeroporto de Navegantes. Não sei se por falta de visão, por acomodação, ou por interesses ligados à atual estrutura aeroportuária, lideranças da região não atentaram para a oportunidade que surgiu de fazer as obras que este aeroporto precisa através do programa de concessão de aeroportos do governo federal. O modelo foi adotado pelo aeroporto de Florianópolis, que com a privatização de sua operação terá quadruplicado seu tamanho. A tendência é do aeroporto da capital se tornar um Hub que vai atrair a maioria das novas oportunidades de voos domésticos e para o exterior. Teremos, enfim, um aeroporto de classe mundial em nosso estado, oportunidade que o aeroporto de Navegantes perde ao manter-se na situação atual, com ou sem o “puxadinho” proposto pela Infraero para esse terminal. Com total apoio do governador Raimundo Colombo, que liderou o processo de concessão do aeroporto de Florianópolis, nos movimentamos no sentido de incluir o aeroporto de Navegantes na lista de concessões do governo federal, através de pedido encaminhado ao presidente Temer e ao ministro Moreira Franco. Deparamos com a falta de apoio das lideranças do Vale do Itajaí, que, em minha opinião, ainda não atentaram para a oportunidade que se esvai, e que se agrava com a eminente falência da Infraero, que há vinte anos vem prometendo à comunidade da região um novo terminal, uma nova pista, e terminal de cargas integrado ao complexo. Temo que o tempo tenha passado, mas precisamos lutar contra os que pensam pequeno, ou se omitem. Sem os investimentos que o aeroporto de Navegantes precisa, esse terminal ficará estagnado, parado no tempo. E quem para no tempo, diminui ou desaparece. Então a hora é agora.