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As cores do inverno


O inverno está chegando, apesar de estarmos apenas no começo de maio. É, estamos no outono, mas o frio acabou de chegar. Aquele tempinho bom de colocar uma roupa mais quente, fazer pão em casa e deixar aquele cheirinho delicioso tomar a casa inteira, junto com o cheiro do café feito na hora, aquelas sopas maravilhosas que em outras épocas a gente não tem oportunidade de degustar, o chá perfumado e fumegante.

Dias de se aconchegar com os nossos entes mais queridos, com a família, com os amigos, pois na casa da gente ou na casa dos outros, é muito bom nos reunirmos, nos aproximarmos mais. Tempo de colocar todos à volta da mesa para convivermos mais, nos aproximarmos mais.

O frio antecede a sua estação, e a gente já começa a esperar a chegada da tainha, o prato principal do inverno, aqui em Santa Catarina, talvez até no Brasil. Os cardumes vem em junho, quando são pescadas toneladas, mas algumas já começam a aparecer. Já disse em outra oportunidade que inverno sem tainha não é inverno e o fato de ter esfriado nos traz a presença, ainda tímida, da vedete das nossas mesas nos dias frios do litoral.

Até o manacá-da-serra, o jacatirão de inverno, começa a florescer, também por antecedência, pois o tempo dele é junho, julho. Tenho visto pés de manacá-da-serra pejados de botões, uma abundância de promessas de cores no nosso inverno. Só faltava a azaleia não atrasar este ano e se adiantar um pouco para o inverno todinho se deslocar para mais cedo.

Mantas, cobertores, casacos, meias e, quem sabe, luvas, cachecóis, botas, todos a postos. O inverno está aí. E as cores também. Porque inverno não quer dizer ausência delas, vejam a quantidade de flores que temos na estação dos galhos secos por causa do frio: temos jacatirões (manacás-da-serra), azaleias, flamboiãs, ipês, bouganvílias, cerejeiras japonesas, orquídeas, cravos, begónias, lírios, gérberas, camélias, magnólias. O inverno é aconchegante e colorido. Inverno é vida.

Meu manacá-da serra não está cheio de botões, como muitos que tenho visto por aí. Mas tudo bem. No inverno do ano que vem, quem sabe? Ele é muito jovem, surgiu no meu jardim sem que eu o tivesse plantado, então é uma dádiva, um presente, e ele florescerá quando tiver vontade. Meu jacatirão de inverno que estava plantado no meio do jardim morreu, depois de grande florada. Eu o podei porque estava enorme, mas devo ter feito alguma coisa errada, infelizmente. Mas o novo está crescendo e logo florescerá. E suas flores se juntarão às dos hibiscos, das azaleias e outras flores do meu pequeno jardim, em um inverno próximo. Não tenho pressa. O inverno sempre volta. As cores também.


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