Colunas


Refundação, que palavra é esta?


Os preparativos para as eleições de 2012 já começaram, foi preciso só fechar as urnas de 2010. A presidenta Dilma faz seu papel de organizar sua equipe de governo. Ela deve começar por 37 nomeações em ministérios. Isso se não surgirem mais. Enquanto PSDB e DEM vêm chamando a atenção com a palavra “refundação”. Afinal, é mais fácil de falar refundação do que renovação. Na teoria, sinceramente, não consigo imaginar como pode ficar, embora que, na prática, vão-se umas letrinhas nos estatutos, outras obrinhas ali e os mesmo sorrisos amarelados nas próximas eleições. E fica o desgaste de institucionalização partidária.

Não discordo que é preciso avaliar, pois, o que é um partido político senão as vitórias numa eleição? Seja qual for o partido, eles devem se questionar – ganhando ou não. Entretanto, suas propostas devem ir além de conquistar votos. Ao voltar no caso de PSDB e DEM, derrotados, seus problemas são muito mais internos que eleitorais. Ou seja, a casa precisa ser arrumada. A roupa suja ainda não foi lavada e os velhos caciques vivem numa tribo sem índios. O sonho pessoal está acima do objetivo do partido. Logo, enquanto eles mesmos se dividirem, não vão conseguir votos e vão continuar definhando seus trabalhos.

O DEM está extenuado faz algum tempo. Mudar o nome não resolveu muito. O papel de oposição é muito medíocre e suas lutas – se é que existem – nem aparecem na mídia. O DEM vem sobrevivendo por políticos e candidatos que fazem seu papel, longe da hierarquia e dos gabinetes. O PSDB, mesmo não levando a presidência, continua com um número relevante nos demais cargos. Numericamente, é um partido de oposição. Só que sente a falta de um líder. O líder no PSDB é o possível candidato à presidência, que faz o partido ler sua cartilha a cada campanha. Consequência disso tudo é ficar longe da sua história e distante de um futuro de suas propostas.

E assim são as eleições e os anos que se passam. O ano de 2010 vai ficando para os estudiosos, que sempre estarão estudando cada evento ocorrido. Enquanto o ano de 2011 compete a todos. Do mais humilde ao mais intelectual. Novas emoções e esperanças estão por vir. As próximas eleições são as municipais, que já são articuladas. Ah! Temos as eleições do Congresso. Que poderão ficar entre PT e PMDB, ou vice-versa. Doravante, a partir do primeiro dia de janeiro, um novo ciclo começa. A composição partidária terá um novo desenho por causa de descuidos de uns e louros para outros.

Dessa forma, agradeço pela companhia nesse ano de 2010. Entro no que chamamos de férias no aspecto de escrever e não no de pensar. Sua leitura foi importante assim como sua reflexão. E no próximo ano me comprometo ver o comportamento partidário político. Espero que tenhamos muitas emoções e poucas corrupções. Não me refiro à emoção como telespectador ou um torcedor de arquibancada. Reporto a questão participativa e representativa. Afinal, o Brasil político é resultado das urnas.

José de Souza Júnior

Graduado em Filosofia pela UNIFEBE/Brusque e Mestrando em Ciências Políticas-UFSCar/São Carlos-SP

js_junior@yahoo.com.br


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

O que você achou do corte do banho e da comida a moradores de rua?



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Verde-amarelo em disputa e pautas "invertidas" marcam 7/9 antes de julgamento de Bolsonaro

SETE DE SETEMBRO

Verde-amarelo em disputa e pautas "invertidas" marcam 7/9 antes de julgamento de Bolsonaro

Malafaia usa Bíblia para transformar investigação em provação divina

Nos cultos

Malafaia usa Bíblia para transformar investigação em provação divina

Guerra no Congo e o silêncio da comunidade internacional diante de 10 milhões de mortes

CONFLITO INTERNACIONAL

Guerra no Congo e o silêncio da comunidade internacional diante de 10 milhões de mortes

Como lema da esquerda foi pego por bolsonaristas e virou mote no 7 de setembro

Anistia

Como lema da esquerda foi pego por bolsonaristas e virou mote no 7 de setembro

“Bolsonaro ainda é insubstituível”: antropóloga analisa os rumos da extrema direita

EXTREMA DIREITA

“Bolsonaro ainda é insubstituível”: antropóloga analisa os rumos da extrema direita



Colunistas

Justiça condena ex-presidente a prisão

Charge do Dia

Justiça condena ex-presidente a prisão

Histórias que valem mais que números

Mundo Corporativo

Histórias que valem mais que números

O pileque e a ressaca institucional brasileira de 30 em 30 anos – e a alma lavada

Artigos

O pileque e a ressaca institucional brasileira de 30 em 30 anos – e a alma lavada

O dia que ficará na história

Casos e ocasos

O dia que ficará na história

Juliana Pavan brilhou no evento do PSD

JotaCê

Juliana Pavan brilhou no evento do PSD




Blogs

🌿 Saúde intestinal: o centro da sua imunidade e energia

Espaço Saúde

🌿 Saúde intestinal: o centro da sua imunidade e energia

Líderes do Cris

Blog do JC

Líderes do Cris






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.