Um dos marcos da história de Navegantes, o casarão Paulina Gaya, quase em frente à Igreja Matriz, começa a escrever um novo capítulo dos seus 117 anos. O imóvel particular, tombado como patrimônio histórico municipal, está passando por um diagnóstico completo de restauro e um estudo sobre as possibilidades de uso.
O levantamento, orçado em cerca de R$ 50 mil, é financiado com recursos da lei de incentivo Aldir Blanc (PNAB), sendo tocado pela Fundação Cultural de Navegantes, com execução pelas empresas Ornato ...
O levantamento, orçado em cerca de R$ 50 mil, é financiado com recursos da lei de incentivo Aldir Blanc (PNAB), sendo tocado pela Fundação Cultural de Navegantes, com execução pelas empresas Ornato Arquitetura e Cultiva Criativa, de Florianópolis. A previsão é que o diagnóstico final seja entregue no primeiro semestre de 2026.
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Construído por Manoel dos Santos Gaya e herdado por sua filha, a professora Paulina Gaya, o casarão é um raro exemplar da arquitetura do início do século 20 em Navegantes. Apesar do tombamento, o imóvel é de propriedade particular e pertence atualmente aos herdeiros de Maria Coelho Alves.
Diagnóstico vai apontar melhorias necessárias
Segundo a arquiteta e produtora cultural Simone Harger, o trabalho é dividido em duas etapas. A primeira consiste no levantamento técnico e diagnóstico do edifício, com escaneamento digital e análise detalhada da estrutura, dos materiais e do estado de conservação.
“Esse processo vai nos permitir compreender as condições do casarão e propor intervenções adequadas, respeitando seu valor histórico e arquitetônico”, explica. Em paralelo, a equipe toca a outra parte, que é um estudo sobre o uso do prédio, avaliando sua localização estratégica e como o imóvel pode se integrar à vida cultural e econômica da cidade.
O levantamento vai indicar que atividades econômicas poderão ser abrigadas no local. “Essas duas frentes convergem para o projeto executivo de restauro, que apresentará propostas concretas de preservação e uso sustentável. Queremos unir memória, identidade e viabilidade econômica, valorizando o patrimônio histórico da cidade”, destaca Simone.
Com os estudos, a prefeitura quer garantir mais do que a recuperação física do prédio. A ideia é reconectar o casarão à história de Navegantes, abrindo caminho para que o espaço, hoje fechado e sem destinação, volte a ter protagonismo na paisagem e na memória afetiva da população.