A ministra acrescentou que o INSS também foi mobilizado e está tomando providências pra ajudar os beneficiários, para liberar novos benefícios também. Atualmente, o FGTS já conta com o Saque Calamidade, que permite o recebimento se o titular da conta mora em município atingido por desastre natural, a partir de reconhecimento de calamidade pelo governo federal e habilitação da prefeitura.
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Rio Bonito do Iguaçu, na região do centro-sul paraense, foi devastado pelo tornado, que também provocou estragos em Guarapuava. Segundo a Defesa Civil, a cidade foi atingida por um tornado classificado como de nível F3 pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), numa escala que vai até 5, sendo considerado um dos mais fortes já registrado no Brasil.
Pelos dados do governo estadual, seis pessoas morreram, cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava, e mais de 750 feridos foram atendidos pelas equipes de saúde. Em levantamento preliminar, a Defesa Civil conta mil pessoas desalojadas, que foram pra casas de parentes, e outras 28 desabrigadas, que foram pra abrigo montado na cidade vizinha de Laranjeiras do Sul.
A ministra informou que houve reuniões entre os governos municipal, estadual e federal para coordenar os esforços de reconstrução da cidade. Ela afirmou que recursos federais estão disponíveis de imediato para a compra de material para atendimento aos feridos, mas sobretudo para material de construção.
“A gente tem um apoio emergencial, mas isso o estado está suprindo”, disse Gleisi. “O que o prefeito vai precisar de ajuda é para reconstrução de escola, unidades de saúde, ajuda pra reconstruir casa, isso tudo o governo federal tem condição de dar”, adiantou. Em paralelo, o governo mobilizou a Força Nacional do SUS pra ajudar nos atendimentos.
Devastação
Imagens aéreas da cidade de Rio Bonito do Iguaçu mostram bairros inteiros destruídos pelo tornado. O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), decretou no sábado estado de calamidade pública na cidade, o que facilita a reconstrução dos locais atingidos, o recebimento de recursos e as contratações emergenciais.
A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e as equipes estaduais seguem prestando atendimento à população e fazendo o levantamento dos estragos. Houve colapsos de casas, comércios, empresas e equipamentos públicos, além de danos na malha viária e na rede elétrica.
“Como cerca de 90% da cidade foi afetada, decretei o estado de calamidade pública, que nos permite dar mais celeridade aos atendimentos e à liberação de recursos. Já determinei que a Cohapar estude estratégias para a reconstrução das moradias e estamos preparando alojamentos para garantir o amparo às famílias”, disse o governador.
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A partir do decreto, o município pode solicitar recursos da União e do Fundo Estadual de Calamidade Pública, além de firmar convênios emergenciais para reconstrução. Em visita a cidade, Ratinho Júnior ressaltou o caráter histórico e catastrófico do tornado. “Nós vimos silos gigantescos indo ao chão, postos de gasolina. Foi uma catástrofe sem precedente na história do estado do Paraná”, completou.