A Secretaria de Saúde de Itajaí informou nesta terça-feira que abriu um processo administrativo individualizado para apurar as circunstâncias que envolveram o atendimento prestado ao menino Luiz Ricardo Lima dos Santos, de sete anos. Ele faleceu em 29 de outubro, um dia após ser atendido e liberado na UPA do Centro Integrado de Saúde (CIS). Familiares denunciaram suposta negligência no atendimento.

“Trata-se de um procedimento padrão, adotado com o objetivo de esclarecer todos os aspectos do caso, sem qualquer prejulgamento dos profissionais envolvidos”, ressaltou o município. Durante a investigação, e em conformidade com o estatuto do servidor público municipal, a profissional responsável pelo atendimento foi temporariamente afastada das funções por 30 dias, prazo que poderá ser prorrogado até a conclusão da apuração.

A secretaria diz que a medida garante que a análise dos fatos ocorra com total isenção. “A Administração Pública, por meio do prefeito Robison Coelho, do vice-prefeito Rubens Angioletti e da Secretaria Municipal de Saúde, zela pelo compromisso com a ética, e a qualidade na prestação dos serviços públicos a todos os cidadãos”, destacou o município em nota. 

Na semana passada, a secretaria de Saúde havia informado que o menino tinha sido atendido na UPA por uma médica pediatra com ampla experiência profissional. Durante o atendimento, que não classificado como urgente, a criança foi medicada e, após avaliação clínica, recebeu alta médica. Pelo esclarecimento, a pasta frisou ter sido prestada toda a assistência cabível ao caso e não apontou “qualquer conduta de negligência por parte da equipe médica ou de enfermagem”.

Após ser liberado, o menino voltou a passar mal em casa, onde sofreu uma convulsão e teve parada cardiorrespiratória. Ele faleceu na manhã da quarta-feira passada, no quartel do Corpo de Bombeiros, no bairro Cordeiros, após mais de uma hora de tentativas de reanimação. Luiz era aluno do Centro Educacional de Cordeiros. Ele foi sepultado na quinta-feira, no cemitério dos Espinheiros. 

A morte foi confirmada pela Secretaria de Educação de Itajaí por meio de uma nota de pesar. Conforme a pasta, o menino morava com a mãe, Patrícia Pranger Lima, e com o avô, o aposentado José Ricardo Lima, de 55 anos. Foi ele quem levou o neto desmaiado no próprio colo até o quartel dos bombeiros, após demora do socorro em casa pelo Samu. Segundo José, o menino teve um quadro de sintomas intestinais e diarreia no dia anterior. Na UPA, o diagnóstico teria sido de apenas uma “virose”.