PREVENÇÃO

Tecnologia e ciência contra o clima extremo

SC é referência em inovação e monitoramento para reduzir os impactos de ciclones, ressacas e desastres naturais

Monitoramento do clima alia tecnologia e inovação (Felipe Trojan)
Monitoramento do clima alia tecnologia e inovação (Felipe Trojan)
miniatura galeria
miniatura galeria

De um lado, a geografia acidentada e o extenso litoral; de outro, uma sequência de eventos climáticos extremos que desafiam gestores e cientistas. Santa Catarina transformou esse cenário em um laboratório vivo para o desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e prevenção de desastres, especialmente os associados a ciclones extratropicais, ressacas, deslizamentos e inundações.

A Defesa Civil de Santa Catarina vem ampliando sua infraestrutura tecnológica e firmando parcerias com universidades e centros de pesquisa. Frederico Rudorff, gerente de Monitoramento ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

A Defesa Civil de Santa Catarina vem ampliando sua infraestrutura tecnológica e firmando parcerias com universidades e centros de pesquisa. Frederico Rudorff, gerente de Monitoramento e Alerta do órgão, explica que a integração entre ciência, inovação e gestão pública tem sido fundamental para antecipar riscos e salvar vidas.

Continua depois da publicidade

“Participamos ativamente do projeto Sistema de Alerta Antecipado Multiescalar para Deslizamentos de Terra, em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o MCTI e o CNPq. A contribuição catarinense é estratégica”, destaca Rudorff.

Outro investimento decisivo é a ampliação da Rede Hidrometeorológica Estadual. Projetada para missão crítica, a rede possui dupla transmissão de dados — por satélite e 4G — e autonomia estendida de energia. O modelo catarinense agora serve de referência para o Rio Grande do Sul.

Santa Catarina também foi pioneira na implantação de um sistema de previsão de inundações e estiagem voltado aos 35 municípios de maior risco, além de plataformas para mapeamento de manchas de inundação, vulnerabilidade e operação de barragens de contenção de cheias.

Realidade cotidiana

As mudanças climáticas deixaram de ser uma ameaça distante para se tornar uma realidade cotidiana. A constatação é do geógrafo Sergey Alex Araújo, coordenador do Laboratório de Climatologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). “O clima nunca foi estático — o que muda é a velocidade das transformações, e essa aceleração é provocada pela ação humana”, observa.

Segundo o pesquisador, as características geográficas e o uso intensivo do solo tornam o Estado vulnerável a eventos severos como ressacas, inundações e ciclones extratropicais. Ele ressalta que, embora universidades e institutos tenham ampliado suas pesquisas, muitos resultados ainda não chegam à sociedade.

“O poder público opera em um compasso mais lento e burocrático. Ainda assim, há sinergia entre esses atores — com falhas, sim, mas com vontade de mudança”, avalia.

Araújo reconhece, porém, avanços significativos na profissionalização e instrumentalização das Defesas Civis. “Hoje temos estruturas mais robustas e um sistema de monitoramento de chuva, rios e marés muito mais eficiente”, ressalta.

Continua depois da publicidade

Defesa do litoral

O oceano está no centro de uma nova fronteira científica. No Brasil, o Grupo Acquaplan, liderado por Fernando Diehl — mestre em Oceanografia, sócio-proprietário e CEO da empresa de tecnologia e consultoria ambiental e presidente da Associação Brasileira de Oceanografia (Aoceano) —, é referência em previsão e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas sobre o litoral.

Com equipes multidisciplinares e décadas de experiência, o grupo alia oceanografia operacional, modelagem numérica e sensoriamento remoto para transformar dados do mar em inteligência preditiva, permitindo agir antes que os desastres ocorram.

Continua depois da publicidade

Entre as inovações estão redes de radares, boias meteoceanográficas e sistemas de monitoramento portuário integrados a modelos computacionais e à inteligência artificial, que criam “gêmeos digitais” do oceano — representações virtuais capazes de simular correntes, ondas e ressacas. Essas tecnologias dão suporte a setores como energia offshore, pesca e logística portuária, fortalecendo a Economia Azul e a segurança das operações marítimas.

“O litoral brasileiro vive uma nova realidade climática, marcada por ressacas e inundações mais intensas. O futuro da gestão costeira não depende de uma única tecnologia, mas de um sistema integrado, em que robôs coletam dados, a IA interpreta e a engenharia aprimora soluções naturais”, destaca Diehl.



WhatsAPP DIARINHO


Conteúdo Patrocinado



Comentários:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Clique aqui para fazer o seu cadastro.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.


Envie seu recado

Através deste formuário, você pode entrar em contato com a redação do DIARINHO.

×






216.73.216.154

Podcast

Ventos podem chegar a 80 km/h na região

Ventos podem chegar a 80 km/h na região

Publicado 07/11/2025 16:29



TV DIARINHO


🌪️🌊 CLIMA DURO NO SUL | Tornado devastou Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, e deixou seis mortos. Em Santa ...



Especiais

Entre a polícia e o tráfico, moradoras do Complexo da Penha ficam com os escombros

RIO DE JANEIRO

Entre a polícia e o tráfico, moradoras do Complexo da Penha ficam com os escombros

Inteligência, participação social e coordenação: como combater o crime sem chacinas

CHEGA DE CHACINAS!

Inteligência, participação social e coordenação: como combater o crime sem chacinas

Nascidos no caos climático

NOVA GERAÇÃO

Nascidos no caos climático

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

CLIMA

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência

ESCALA 6X1

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência



Blogs

Bolsonarismo sem os Bolsonaros

Blog do Magru

Bolsonarismo sem os Bolsonaros

Zé Carioca

Blog do JC

Zé Carioca



Diz aí

"Você não pode ajudar quem já tem tudo, puxar o saco do poderoso - isso qualquer idiota faz"

Diz aí, Colombo

"Você não pode ajudar quem já tem tudo, puxar o saco do poderoso - isso qualquer idiota faz"

"O Metropol era o melhor time do estado. O Marcílio era o segundo"

Diz aí, Anacleto!

"O Metropol era o melhor time do estado. O Marcílio era o segundo"

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

Diz aí, Rubens!

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

Diz aí, Níkolas!

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"

Diz aí, Bene!

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"



Hoje nas bancas

Capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.