O bairro vem ganhando destaque e atraído a atenção por estar numa região próxima ao centro, fora de áreas alagáveis e com boa infraestrutura. De acordo com a pesquisa, o preço médio do metro quadrado saltou de R$ 7700 para R$ 10.083 em apenas dois anos. E a tendência é alta, considerando a demanda constante por novas moradias na cidade e a chegada de novos empreendimentos.
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O vice-presidente do Sinduscon de Itajaí, Gustavo Bernardi, comenta que a valorização em outros bairros da cidade é um movimento esperado, diante da relação de oferta e procura de imóveis por novos moradores e de famílias que já vivem no município. Dados da prefeitura mostram que Itajaí recebe, por ano, cerca de 10 mil pessoas, o que cria uma demanda de três mil novas moradias.
Os números do sindicato apontam entre 2,5 mil e 3 mil novas unidades anuais. “Ou seja, a gente trabalha só para suprir a demanda dessas pessoas que estão chegando. E ainda tem mais a demanda interna: da população que cresce naturalmente, o filho que sai de casa, o casal que se separa, as pessoas que se casam. Todos esses movimentos geram demanda por imóvel”, analisa.
Com a demanda acima do que a cidade consegue produzir, o preço sobe e a valorização se estende para áreas mesmo longe das praias. Gustavo explica que o que puxa o preço em bairros como o São João são as condições de infraestrutura, segurança, opções de lazer, acessos, transporte público e escolas. “Bairros com boa infraestrutura vão ter uma valorização maior do que outros bairros”, frisa.
O movimento para os bairros também diversifica o público, que é diferente de quem compra imóveis no centro ou na Praia Brava. “Quando a gente fala especificamente do São João ou quem vai comprar esses empreendimentos nessa faixa de valor, é quem vai comprar para morar ou o investidor que vai comprar para alugar. Então, é uma coisa muito mais voltada para a moradia”, ressalta Gustavo.
No centro ou nos bairros, o Sinduscon projeta que os preços vão continuar subindo mais que a inflação diante da demanda constante no setor e do desenvolvimento da cidade, que mantém o município atrativo pra morar, trabalhar e investir. O cenário é parecido na região. Pelo índice FipeZap, Itajaí segue no top 4 do metro quadrado mais caro do Brasil, atrás de Balneário Camboriú, Itapema e Vitória (ES).
Em agosto, a cidade alcançou R$ 12.639 no metro quadrado, numa alta acumulada de 7% neste ano e de quase 10% nos últimos 12 meses. Na Praia Brava, o preço já passa dos R$ 100 mil/m² em empreendimentos de altíssimo padrão na Beira Mar, entre os endereços mais valorizados do país.
Valorização de até 172% impulsiona novos projetos
A tendência de valorização nos bairros é confirmada em empreendimentos como o Garden Club, no São João. O projeto lançado com preço médio de R$ 250 mil, foi entregue em 2024 com valores médios de R$ 680 mil, numa alta de 172%. Um novo prédio pro segmento econômico, mas de alto padrão construtivo, será lançado pela empresa nos próximos meses no bairro, com apês na faixa de R$ 500 mil.
“Itajaí é atualmente um dos mercados imobiliários mais promissores do país. É uma cidade com características únicas que a destacam das demais. Tudo isso gera demanda habitacional real e bairros como o São João, com localização privilegiada, boa infraestrutura e ainda com oportunidades de entrada, estão no radar de quem busca morar bem ou investir com rentabilidade”, afirma Fábio Inthurn, CEO da Lotisa.
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