O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) autorizou a Polícia Federal a investigar o prefeito de Porto Belo, Joel Lucinda (MDB) por crimes eleitorais. O inquérito policial será tocado pela PF, a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral, com base em denúncias e provas que indicam um esquema de compra de votos por meio da distribuição de vales-combustível nas eleições de 2024. Joel foi reeleito no último pleito com 87,2% dos votos.

A investigação foi aberta no dia 30 de julho para apurar a suposta compra de votos por meio da entrega de vales-combustível, promessas de cargos públicos e apoio político em troca de votos ou transferência de domicílio eleitoral. Também há denúncia de perseguição política a um ex-candidato a vereador da oposição após o fim das eleições.

Além do prefeito, também são alvos da investigação a coordenadora de campanha e secretária de Cultura, Cristiane de Jesus, e outros cinco ex-candidatos a vereador da chapa “Juntos construindo o futuro”. Três deles, Juliano Zandonai, Maurício Gomes e Silvana Nunes Stadler já foram condenados pelo TRE-SC, em abril deste ano, por abuso de poder econômico e compra de votos com vales-combustível. Eles estão inelegíveis até 2032 e devem pagar multa de R$ 30 mil cada. Outros dois são Luiz Apolinário Santos (PP) e Onésio Ramos (MDB).

Os três candidatos condenados não foram eleitos em 2024. São suplentes dos partidos e Silvana Stadler atua como secretária de Assistência Social de Porto Belo. Eles ainda recorrem da decisão.