A soltura dos primeiros mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia, conhecidos como Wolbitos, em Balneário Camboriú será na próxima quarta-feira, às 6h. A ação começa pelos bairros Nações e Ariribá e vai se estender por 26 semanas, chegando também aos bairros Municípios e centro (vias ímpares até a rua 2500).
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Segundo o diretor da Vigilância Ambiental, David Cruz, a partir de setembro as solturas passarão a ocorrer semanalmente, sempre às terças e quintas-feiras, logo no início da manhã. “É importante ...
Segundo o diretor da Vigilância Ambiental, David Cruz, a partir de setembro as solturas passarão a ocorrer semanalmente, sempre às terças e quintas-feiras, logo no início da manhã. “É importante que as pessoas saibam como a soltura é realizada, para não estranhar a movimentação nos bairros. Um carro identificado da Vigilância Ambiental vai passar por estes locais soltando, pela janela, os Wolbitos”, explicou.
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O método consiste em inserir a bactéria Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti. Essa bactéria, presente naturalmente em cerca de 60% dos insetos, impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika e chikungunya no organismo do mosquito, reduzindo a transmissão dessas doenças. “É uma bactéria natural, que já existe na natureza, em abelhas e borboletas”, reforça David.
De acordo com a Vigilância Ambiental, a estratégia é segura, não oferece risco às pessoas, animais ou ao meio ambiente. “Os Wolbitos não migram de lugar, permanecem nas áreas onde são soltos e não voam a mais de dois metros do chão”, complementa o diretor.
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Os Wolbitos que serão soltos em Balneário Camboriú são produzidos na biofábrica de Joinville, que já adotou o método em 2023 e apresentou resultados significativos. A tecnologia é considerada mais uma ferramenta no combate à dengue e deve ser combinada com outras medidas de prevenção.
A iniciativa é parte de uma política pública de saúde. O Método Wolbachia é respaldado por estudos científicos, já foi usado em cidades do Brasil e do mundo e é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde e operacionalizado pela Wolbito do Brasil, empresa responsável pela maior biofábrica do mundo de Wolbitos.