100 anos
Dona Ida Vinotti celebra um século de vida cercada pela família
Entre filhos, netos, bisnetos e tataranetos, a centenária festejou rodeada de gerações que nasceram do maior bem: a família
Bruna Amorim (sob supervisão) [editores@diarinho.com.br]







Na última quinta-feira, no dia 14, o sorriso de dona Ida Vinotti iluminou o bairro Salseiros, em Itajaí, onde ela vive há 55 anos. O motivo não poderia ser mais especial: a comemoração dos seus 100 anos de vida.
Filha de uma família de imigrantes italianos e nascida em Lajeado Alto, Guabiruba, dona Ida construiu uma trajetória marcada pela simplicidade, força e dedicação aos seus maiores tesouros: os 13 filhos, 31 netos, 43 bisnetos e 10 tataranetos. Sua vida foi pautada no amor, na união e no cuidado com cada geração que dela nasceu.
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A festa foi marcada por abraços, memórias e sorrisos que se misturavam com lágrimas de emoção. Um dos momentos mais especiais foi a presença da pequena Rebeca Vinotti, de seis anos, a primeira tataraneta. Ao lado dela estava a mãe, Geisy Vinotti, a primeira bisneta mulher, que falou emocionada sobre a importância da bisa: “Sinto muito amor e orgulho da bisa por chegar nessa idade. E me sinto realizada por ter dado a ela a primeira tataraneta, que é a Rebeca.”
O encontro de quatro gerações no mesmo espaço trouxe à tona a grandeza da família que dona Ida construiu ao longo do século. Para Geisy, era como ver a história viva diante dos olhos: o elo entre o passado, o presente e o futuro.
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Mesmo à distância, o primeiro neto, Juarez Vinotti, de 51 anos, natural de Joinville, fez questão de estar presente. Impedido por questões de saúde de comparecer à festa, participou através de uma chamada de vídeo que emocionou todos os presentes. Do outro lado da tela, ele transmitiu seu carinho e gratidão, lembrando que os laços de família resistem até mesmo à distância.
Entre os filhos, não faltaram palavras de reconhecimento. O primogênito, Jaime Vinotti, de 71 anos, fez questão de destacar a força e coragem da mãe: “Conheci a luta dela, a correria do dia a dia. Hoje as coisas estão mais fáceis, mas a vida da mãe não foi pra qualquer um. O que desejo a ela é que viva com alegria o restante dos seus dias.”
Enquanto falava, Jaime lembrava das casas simples onde a família viveu, das dificuldades financeiras e das longas jornadas de trabalho. Apesar de tudo, a figura firme e carinhosa de dona Ida foi sempre a base de sustentação para todos.
O caçula, Braz Vinotti, de 57 anos, se encheu de ternura ao falar da mãe: “Ela é a minha mãe favorita. Sempre que chego na casa dela, ela me chama de meu ‘Popi’, porque sou o mais novo. Essa é a lembrança que guardo com carinho.”
O depoimento arrancou risos da família, que reconhece nesse jeito simples e carinhoso a essência da matriarca: uma mulher que, após um século de vida, guarda no olhar a doçura e a capacidade de fazer todos se sentirem especiais.
Assim, entre histórias de luta, superação e muito amor, dona Ida celebrou não apenas o marco dos 100 anos, mas também a grandeza de uma vida dedicada ao que ela sempre considerou seu maior bem: a família.
Bruna Amorim (sob supervisão)
Bruna Amorim; estagiária no DIARINHO, em formação pela Univali, com atuação em jornalismo digital e foco em produção audiovisual em notícias locais.