Colunas


Nacionalismo, patriotismo, protecionismo


Os resultados das eleições em várias partes do mundo têm sinalizado a prevalência de comportamentos protecionistas e nacionalistas, confundidos com patriotismo. Dois parâmetros mais evidentes estão no vocabulário do jornalismo: a repulsa aos imigrantes – EUA, Itália e Portugal são os casos mais recentes no mundo ocidental – e as guerras, forma primitiva com equipamentos modernos para aniquilar o adversário.

Os estrangeiros são considerados ameaça por provocar invasão e fragilidades. Os nacionais se sentem usurpados, invadidos, agredidos com a simples presença do intruso. Nas conversas afirmam que esses “estranhos” ocupam lugares nos hospitais, nas escolas, nos ônibus, nos empregos.... O forasteiro parece carregar o crachá de perigo associado a uma origem não controlada. O alienígena é uma ofensa, desconforto. Tal qual os romanos em seu império, o patriotismo tende a misturar superioridade original com delírios de repulsa. Isso vale para pessoas e se distancia do mercado. Alimentos, equipamentos, brinquedos e roupas continuam a viajar entre as diversas terras, feitos por mãos estranhas. Nacionalismo e protecionismo se perpetuam nas relações sociais e políticas. O mercado internacional exige cruzamentos globais.

A “aventura” de governantes acabam por “misturar” pessoas e mercadorias, política e mercado. Por vezes tentam impor, por “castigo”, chantagem e delírios, medidas de mercado [supertaxação ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

Os estrangeiros são considerados ameaça por provocar invasão e fragilidades. Os nacionais se sentem usurpados, invadidos, agredidos com a simples presença do intruso. Nas conversas afirmam que esses “estranhos” ocupam lugares nos hospitais, nas escolas, nos ônibus, nos empregos.... O forasteiro parece carregar o crachá de perigo associado a uma origem não controlada. O alienígena é uma ofensa, desconforto. Tal qual os romanos em seu império, o patriotismo tende a misturar superioridade original com delírios de repulsa. Isso vale para pessoas e se distancia do mercado. Alimentos, equipamentos, brinquedos e roupas continuam a viajar entre as diversas terras, feitos por mãos estranhas. Nacionalismo e protecionismo se perpetuam nas relações sociais e políticas. O mercado internacional exige cruzamentos globais.

A “aventura” de governantes acabam por “misturar” pessoas e mercadorias, política e mercado. Por vezes tentam impor, por “castigo”, chantagem e delírios, medidas de mercado [supertaxação, intimidação de mercado, desqualificação diplomática e “alucinações” como a incorporação da Groenlândia, Canadá, México]. Fora isso, tudo volta ao circuito de protecionismo e nacionalismo político, social e policial, ou inspirações escravocratas: o senhor das vidas alheias, como a invenção do negro – visto como inferior e sem alma.

Eventos impulsionaram protecionismos e nacionalismos. Atos de terrorismo de base fundamentalista impressionam pela frequência e pela geração de fragilidade que nos impõem: o ataque terrorista em 11/09/2001 foi o mais emblemático deles. Há mais: detonação de carro-bomba na garagem do World Trade Center [fev/1993], atentado à Associação Israelita [Buenos Aires, jul/1994], lançamento de gases sarin no metrô de Tóquio [jun/1996], atentado ao metrô de Madri [mar/2004], atentado ao metrô de Londres [jul/2005], ataque à casa de shows Bataclan [Paris, nov/2015], atropelamentos deliberados contra multidões, ataque a escolas e creches... É provável que isso ganhe contornos mais intensos contra moradores de rua: estrangeiros sem origem e sem recursos [o mesmo que brasileiros na Europa e nos EUA], apátridas. Terrorismo provoca medo, coação, intimidação. Produz instabilidade, fragilização, falta de proteção comunitária, imprevisibilidade no presente e no futuro. É preciso se proteger do terrorismo.

A política deveria ser a solução para os problemas coletivos, e não buraco de vinganças onde se vela, a sorrisos, o “quanto pior, melhor”. Aqueles que, mesmo à distância, têm o prazer de se sentir vingados, não percebem a fragilidade gerada por desemprego, o desmonte de empresas, o terrorismo de mercado de desesperanças. Ao afirmar que “ao menos se sentem vingados”, surgem como terroristas de mercado e de política. É preciso se proteger do terrorismo.

Sérgio S. Januário

Mestre em Sociologia Política


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

Você acha que Barra Velha deve mudar de nome?



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Governo de São Paulo vende cárcere político usado na ditadura militar

Memórias apagadas

Governo de São Paulo vende cárcere político usado na ditadura militar

Brasil muda posição sobre banir plásticos e se aproxima de produtores de petróleo

MEIO AMBIENTE

Brasil muda posição sobre banir plásticos e se aproxima de produtores de petróleo

PL tenta proibir transporte de animais vivos e evitar tortura em mercado de R$ 2 bilhões

CRIME AMBIENTAL

PL tenta proibir transporte de animais vivos e evitar tortura em mercado de R$ 2 bilhões

‘Teologias apocalípticas’ ganham força em momentos de crise, diz Petra Costa

POLÍTICA E CINEMA

‘Teologias apocalípticas’ ganham força em momentos de crise, diz Petra Costa

Lobby pró-Israel pressiona realização de eventos que abordam a Palestina

FAIXA DE GAZA

Lobby pró-Israel pressiona realização de eventos que abordam a Palestina



Colunistas

Transição cidadã

Coluna Esplanada

Transição cidadã

Morro dos Cavalos: mudança de mãos?

Coluna Acontece SC

Morro dos Cavalos: mudança de mãos?

Costureiras tomam calote de empresário

Charge do Dia

Costureiras tomam calote de empresário

Coluna Exitus na Política

Nacionalismo, patriotismo, protecionismo

Bafão com o Egovaldo

JotaCê

Bafão com o Egovaldo




Blogs

Sai tosse com xarope caseiro

Blog da Ale Françoise

Sai tosse com xarope caseiro

🥤🍟 Alimentos ultraprocessados e saúde mental: qual a ligação?

Espaço Saúde

🥤🍟 Alimentos ultraprocessados e saúde mental: qual a ligação?

Le Lis

Blog da Jackie

Le Lis

Bira no Podemos?

Blog do JC

Bira no Podemos?






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.