Na madrugada de domingo, a Emasa finalizou a instalação de duas bombas na estação elevatória de esgoto da rua 3700, em Balneário Camboriú. Os equipamentos, que chegaram de Criciúma na noite de sábado, foram instalados em ação emergencial. A troca das bombas foi necessária após grave falha registrada na manhã de sábado, que resultou na queima de uma das principais unidades do sistema de esgotamento sanitário da cidade.
Com o problema, a operação das elevatórias da avenida Brasil precisou ser feita manualmente. A Emasa mobilizou 12 caminhões hidrovácuo para fazer o transbordo emergencial do esgoto dos ...
Com o problema, a operação das elevatórias da avenida Brasil precisou ser feita manualmente. A Emasa mobilizou 12 caminhões hidrovácuo para fazer o transbordo emergencial do esgoto dos efluentes. A ação foi considerada essencial para manter a operação até a retomada do bombeamento automatizado.
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O caso acendeu um alerta na Emasa: em menos de 15 dias, quatro bombas queimaram em diferentes pontos da rede, situação considerada inédita.
Segundo o diretor técnico da Emasa, engenheiro Jefferson Andrade, o sistema de bombeamento foi normalizado com o funcionamento das novas bombas. O esgoto da região norte da cidade voltou a ser direcionado corretamente até a estação de tratamento do Nova Esperança. “Com a instalação das novas bombas e a estabilização do sistema, conseguimos retomar plenamente o envio do esgoto à Ete, garantindo o funcionamento adequado da rede”, disse.
Durante a madrugada, caminhões hidrojato também foram mobilizados para fazer a limpeza da estrutura das elevatórias das ruas 3700 e 2950. As equipes estavam de prontidão e iniciaram os trabalhos logo após a instalação da última bomba.
Suspeita de boicote
A prefeita Juliana Pavan (PSD) gravou um vídeo em suas redes sociais para informar que determinou a abertura de sindicância para apurar o motivo do vazamento de esgoto. “Eu determinei a abertura imediata de uma sindicância para averiguar se foi um problema técnico, se foi um problema estrutural ou se até mesmo foi um boicote. Porque nós não podemos achar que é normal que situações semelhantes tenham acontecido com frequência em um curto espaço de tempo. Isso não pode ser normal!”, disse Juliana Pavan.
“Nós estamos acompanhando desde o início tudo o que aconteceu, inclusive de forma emergencial. O presidente Auri Pavoni e os técnicos agiram para conter toda aquela problemática. Todos os técnicos ficaram até tarde da noite trabalhando. Quero parabenizar a atitude do presidente da Emasa, junto com toda a sua equipe”, informou.
A prefeita fará uma reunião nesta segunda-feira para buscar ações estratégias para evitar que o mesmo problema se repita. “Amanhã cedo [segunda-feira] nós estaremos reunidos para buscar um plano B para que futuras ações possam acontecer diante dessa situação. Nós precisamos de um plano B, conversei com o presidente Auri, conversei com alguns técnicos da Emasa também para buscarmos essas ações de forma imediata”, destacou Juliana.
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A Emasa também afirma que medidas corretivas e preventivas serão adotadas conforme os resultados da investigação interna.