A igreja católica perdeu seu maior líder nesta segunda-feira. O papa Francisco morreu às 7h35 no horário local (2h35 em Brasília), aos 88 anos. Após 12 anos de papado, a igreja terá entre 15 e 20 dias para iniciar o conclave e eleger um novo pontífice. A cerimônia reunirá cardeais de diversas partes do mundo para escolher o sucessor.

Antes da eleição, será realizado o funeral de Francisco, com um protocolo litúrgico definido por ele mesmo em abril de 2024. O corpo do papa será levado à Basílica de São Pedro, onde ficará em exposição em um caixão simples.

Pela primeira vez, a sepultura será na Basílica de Santa Maria Maggiore, uma das mais importantes igrejas marianas de Roma.

Encerrado o funeral, começa o período chamado novendiales, com nove dias consecutivos de missas e orações pela alma do papa. Somente após essa etapa, os cardeais iniciam as reuniões preparatórias para o conclave.

Durante o período em que a igreja permanece sem papa, chamado de Sé Vacante, nenhum documento pode ser assinado em nome do pontífice. A administração da igreja fica a cargo do camerlengo, função que será exercida pelo cardeal Kevin Farrell, responsável por divulgar a notícia da morte de Francisco.

Os 136 cardeais eleitores com até 80 anos devem chegar ao Vaticano nos próximos dias. O conclave deve começar entre 15 e 20 dias após a morte do papa, tempo necessário para a chegada de todos os votantes.

Durante o conclave, os cardeais ficarão hospedados na Casa Santa Marta, sem acesso a telefones ou internet. O processo é sigiloso e ocorre na Capela Sistina.

Cada cardeal escreve, em segredo, o nome do escolhido em uma cédula. A votação ocorre duas vezes pela manhã e duas à tarde. O processo só termina quando um dos cardeais recebe dois terços dos votos.

Com o nome do novo papa definido, a tradicional fumaça branca toma conta do céu romano e é acompanhada pela frase “Habemus Papam”. O cardeal eleito escolhe seu nome papal e é apresentado ao mundo na sacada central da Basílica de São Pedro.