UNIÃO
Lideranças de Itajaí criam “movimento de resistência”
Frente de Articulação dos Movimentos quer avanços nas políticas públicas
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

Na semana passada, lideranças locais se reuniram para fortalecer a articulação e mobilização em defesa dos direitos individuais e coletivos de Itajaí. No encontro houve o lançamento da Frente de Articulação dos Movimentos (FAM), que tem como objetivo enfrentar os retrocessos políticos e garantir o avanço das políticas públicas sociais e ambientais no município.
Fazem parte do movimento o ambientalista Arthur Rancatti; Diego Lopes, do Centro de Direitos Humanos de Itajaí; Márcia Guimarães, ativista do movimento negro; a ativista cultural e cantora Bárbara Damásio e os vereadores Bruno da Saúde (MDB) e Hilda Deola (PDT).
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Segundo os fundadores do movimento, a iniciativa surge como resposta ao avanço da extrema-direita, que ameaça direitos e amplia desigualdades. Com uma oposição legislativa reduzida, eles acreditam que a sociedade civil organizada precisa assumir um papel crucial na resistência e na construção de alternativas.
O grupo pretende ampliar a participação de coletivos, movimentos e comunicadores para fortalecer a luta pelo desenvolvimento social justo e inclusivo.
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Diego Lopes, presidente do Centro de Direitos Humanos de Itajaí, explica que foram determinantes para a criação do FAM a falta de votação para os diretores das escolas municipais, os ataques à cultura de Itajaí, como a troca do nome do programa Arte nos Bairros para "Aqui tem Arte", além da demora no início das atividades do programa, que só devem começar em abril.
O grupo pretende monitorar as sessões da câmara de vereadores e fazer reuniões periódicas. "Estamos na etapa de construção da frente. Também identificamos ataques às religiões de matriz africana e à comunidade negra de Itajaí", continuou Diego, com relação às falas de alguns parlamentares na Câmara de Vereadores de Itajaí.