GREVE NACIONAL

Motoboys vão parar nos dias 31 de março e 1º de abril

Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Navegantes e Brusque terão atos de apoio

Entregadores cobram reajustes nas taxas pra melhorar ganhos (Foto: João Batista)
Entregadores cobram reajustes nas taxas pra melhorar ganhos (Foto: João Batista)
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Motoboys da região vão se juntar à paralisação nacional de entregadores por aplicativo, anunciada como “a maior da história dos apps” para os dias 31 de março e 1º de abril. O movimento “Breque Nacional” cobra reajuste da taxa mínima de entrega, aumento do valor pago por quilômetro rodado e pagamento integral da taxa por pedido, em caso de entregas numa mesma rota.

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Os entregadores também buscam melhores condições de trabalho. A paralisação deve afetar as principais plataformas, entre iFood, Uber, 99 e Rappi. Os entregadores ficarão com os apps desligados ...

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Os entregadores também buscam melhores condições de trabalho. A paralisação deve afetar as principais plataformas, entre iFood, Uber, 99 e Rappi. Os entregadores ficarão com os apps desligados por 48 horas. Na região, várias cidades já estão mobilizadas na organização do movimento. Atos são planejados em Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Navegantes e Brusque.

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Também são previstos protestos em Floripa, São José, Palhoça, Blumenau, Joinville e Jaraguá do Sul. Em BC, a organização conseguiu autorização pra bloquear parte da avenida do Estado Dalmo Vieira, em frente ao McDonald’s, no bairro dos Estados. A manifestação será das 10h às 12h, na segunda-feira que vem, dia 31.

O horário vai concentrar os trabalhadores, mas a mobilização seguirá ao longo do dia. “Após o ato, terá uma passeata e a distribuição do pessoal em pontos de pressão onde farão rodízio até a noite”, informa Tiago Felipe Bueno, um dos responsáveis pela organização em BC, Itajaí e Itapema. Em Itajaí, o ponto de concentração será em frente ao Itajaí Shopping. Uma reunião nesta segunda-feira vai discutir os detalhes.

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Tiago informa que várias lojas estão aderindo. “Elas vão fechar junto no dia pra evitar demanda e cancelamentos”, disse. O grupo na região responde ao comando nacional, que na sexta confirmou a parada em São Paulo (SP), principal polo de atuação dos apps, decisão que faltava pra deflagrar o movimento no país. “A paralisação será dias 31 e 1º integralmente, em todos os apps de delivery. Está organizada em grupo nacional, com um responsável por cada região, que coordena um subgrupo em cada cidade”, explica Tiago.

Em BC e Itajaí, movimento terá manifestações na segunda-feira (Foto: Arquivo/Divulgação)

Bronca com as taxas

O pagamento do valor integral da taxa de cada pedido, mesmo quando tem mais de uma entrega numa mesma rota, é um dos principais pontos dos entregadores da região. Tiago afirma que o pagamento por rota agrupada é injusto, porque o iFood, principal app de entrega do país, cobra dos clientes o valor integral da corrida, mas repassa apenas parte do valor para os entregadores. “Hoje em dia ele [o aplicativo] subtrai a maior parte para si próprio. Ou seja, quando tem duas ou mais entregas juntas, ele paga na média R$ 5 cada uma, mas continua cobrando até R$ 12 cada, do cliente”, explica. Em muitos casos, o repasse fica em torno de R$ 2 ou R$ 3, quando se trata de rota agrupada. “Acreditamos ser justo receber o valor integral da entrega, uma vez que o cliente está pagando por ela”, analisa.

Outra reivindicação dos entregadores é o reajuste na taxa mínima de entrega. Segundo a organização, o aumento não rola há três anos. No caso do iFood, o valor é de R$ 6,50. Os motoboys defendem uma taxa mínima de R$ 10. “O valor de entrega particular padrão do mercado já é de R$ 10 a R$ 15”, ressalta Tiago. Conforme a categoria, o reajuste contempla a inflação desde 2022, que chegaria a 31%.

O aumento do valor do km rodado completa as reivindicações principais dos trabalhadores. Eles querem que o valor seja reajustado de R$ 1,50 para R$ 2,50. O aumento seria pra cobrir a alta nos custos de combustíveis e manutenção das motos. Outras cobranças envolvem melhores condições de trabalho, como revisão de regras e punições consideradas abusivas pelos trabalhadores.

A Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos, que integra o comando nacional, também listou a limitação do raio máximo de entregas com bicicletas, passando de cinco pra três quilômetros. O iFood alega que o raio é padrão pra todas as cidades e que a redução provocaria uma queda na oferta do serviço. Nessa modalidade, os entregadores podem negar corridas sem sofrer punições.

Reajustes em análise

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Principal plataforma de entrega no Brasil, o iFood diz que estuda a viabilidade de reajustes para 2025, considerando o cenário econômico. A plataforma lembra que, em 2024, a taxa mínima passou de R$ 6 pra R$ 6,50, enquanto o valor por km rodado subiu de R$ 1 pra R$ 1,50. No caso de rotas agrupadas, o valor mínimo é R$ 3.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, que reúne empresas de transporte e entrega por app, destacou que respeita o direito de manifestação e que mantém canais de diálogo com os entregadores.

Divulgação recente da entidade apontou que, conforme levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, a renda média de um entregador é de R$ 31,33 por hora trabalhada. “As empresas associadas da Amobitec apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades”, defende.

Pedidos da categoria

Pagamento integral da taxa de entrega por pedido em rotas agrupadas

Taxa mínima de entrega de R$ 10, por corrida, para até 4 km

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Aumento de R$ 1,50 pra R$ 2,50 no valor pago por km rodado

Redução do raio máximo em entregas com bikes




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