Salvando vidas

Hemosc fornece sangue raro no Recife

Concentrado Vel negativo tem apenas quatro doadores no país, dois em Santa Catarina

Estudos do Hemosc permitem identificar doadores de tipos raros de sangue (Foto: Divulgação)
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O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) forneceu um tipo sanguíneo raro atendendo uma emergência para um paciente de Recife. O concentrado de hemácias Vel negativo foi enviado para o homem de 62 anos com diagnóstico de anemia falciforme e doença renal crônica, que teve uma isquemia (redução do fluxo de sangue) e precisou de cirurgia de urgência.

Conforme dados do Cadastro Nacional de Sangue Raro, há apenas quatro doadores desse tipo de sangue, dois identificados em Santa Catarina e dois em São Paulo. O concentrado de hemácias Vel negativo é um dos tipos sanguíneos mais difíceis de ser fornecido em muitas regiões. O envio atendeu pedido da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde.

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O atendimento foi possível graças ao trabalho do laboratório de Imuno-hematologia do Hemosc, órgão público da Secretaria Estadual de Saúde, que investiu para desenvolver um grande cadastro de doadores. “Investimos constantemente em atualização de tecnologia e desenvolvimento de estudos e capacitação de pessoas para atuarmos com excelência atendendo aos pacientes onde quer que estejam”, disse a diretora do Hemosc, Patrícia Carsten.

De acordo com o bioquímico do Hemosc, Everaldo José Schörner, que participou do estudo, poucos hemocentros no país testam esse tipo de sangue, porque não está na rotina de testes obrigatórios. “Aplicamos uma metodologia que permite chegar a esses resultados. Somos um dos hemocentros que mais enviam bolsas com tipos raros de sangue no país”, disse.

De acordo com o especialista, em SC a frequência de Vel negativo é estimada em uma a 7 mil pessoas. Apesar de rara, a frequência do fenótipo possivelmente é maior entre os doadores catarinas quando comparado a outros estados brasileiros. O tipo sanguíneo é mais presente em descendentes de populações do norte da Europa.

O rastreamento de doadores de sangues raros no Hemosc está sendo realizado pelo projeto de mestrado da bioquímica Danielle Siegel, vinculado ao laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia da UFSC, que avalia um banco de 20 mil doadores. O objetivo é identificar doadores com o tipo Vel negativo por meio de triagem molecular, usando material genético de concentrados de plasma de doadores de sangue.

400 antígenos sanguíneos

Os tipos sanguíneos A, B, AB e O, RhD positivo e negativo, são os mais conhecidos, mas já foram descritos 44 sistemas de grupos sanguíneos e são conhecidos mais de 380 antígenos classificados pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT, em inglês).

Os anticorpos anti-Vel normalmente possuem importância clínica por estarem implicados em casos de reações transfusionais hemolíticas severas, que são efeitos graves após a transfusão de sangue, inclusive com relatos de mortes devido a esse tipo de incompatibilidade. Nesse contexto, a metodologia usada pelo Hemosc ganha mais importância.






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