República

Cabeçudas mantém o charme dos anos dourados

Balneário foi descoberto pelos europeus, nos anos 1920, ao ganhar um hotel de frente para o mar

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Paisagem bucólica do bairro é um ícone até os dias de hoje  (FOTO: JOCA BAGGIO)
Paisagem bucólica do bairro é um ícone até os dias de hoje (FOTO: JOCA BAGGIO)
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Não é por menos que Cabeçudas ainda é considerado, quase um século depois, um bairro icônico e um dos mais exclusivos de Itajaí. O local, um dos primeiros do estado a ganhar um hotel de frente para o mar, foi descoberto pelos europeus que moravam em Santa Catarina no início do século 20. Eles descobriram a praia perfeita para se passear à beira-mar, além de, por um longo período, ter sido um centro político paralelo ao da capital - isso porque o local era residência de veraneio de políticos catarinenses. Os fatos fizeram com que o bairro fosse visto não apenas como um balneário, mas como a “República de Cabeçudas”.
“Os mais destacados empresários do estado, todos tinham casa, todos frequentavam, assim como os políticos da época”, conta a moradora Maria Helena Zwoelfer Fóes, de 82 anos. Ela se refere às famílias Konder, Renaux, Bornhausen, Lins, Ramos, Heusi, Fóes, Zarling, Bauer, Miranda, entre outras de alto poder aquisitivo e influência nos meios políticos e empresariais. 
Lena, como é chamada, é a moradora mais antiga de Cabeçudas. Ela nasceu no local e reside até hoje em uma charmosa cobertura que lhe proporciona uma visão privilegiada de toda a orla e parte da morraria que abraça o balneário. Ela teve oportunidade de vivenciar as diversas fases que marcaram o desenvolvimento do bairro. “A Cabeçudas em que eu fui criada era muito diferente da atual”, conta Lena, que lembra de brincar com os filhos dos pescadores que formavam uma colônia nas proximidades da igrejinha de Santa Terezinha, do “glamour europeu” que o Hotel Cabeçudas imprimiu ao local (com sua elaborada gastronomia com base em frutos do mar frescos, pescados ali mesmo), da erupção social do bairro e seus anos dourados.
“As décadas de 1940, 1950 e 1960 foram um período de efervescência. Muitas decisões políticas estratégicas para Santa Catarina foram tomadas aqui”, acrescenta o empresário Osmar Guilherme Schmitt. Guilherme também cresceu no local. É neto de Osmar Nunes, fundador dos hotéis Marambaia, e conhece como poucos a história do bairro.
“Hoje temos Cabeçudas mais democrática. A cidade cresceu, o poder foi mudando de mãos, casas de famílias tradicionais foram vendidas para terceiros, e outras famílias também elegeram o balneário para fincar raízes”, completa Lena. No entanto, ela faz questão de lembrar dos tempos do footing, quando as moças e os rapazes se arrumavam para passear à beira-mar nos finais de tarde. Inclusive, Cabeçudas também foi cenário para muitas aventuras amorosas  das elites financeira, intelectual e política de Itajaí. 




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