Segundo a denúncia do Ministério Público, entre 2014 e janeiro deste ano, o médico, que atuava como clínico geral, teria molestado sete pacientes.

Segundo a denúncia do Ministério Público, entre 2014 e janeiro deste ano, o médico, que atuava como clínico geral, teria molestado sete pacientes.

O MP diz que parte dos crimes foi filmada pelo próprio médico dentro das unidades de saúde onde ele trabalhava.

Neandro estava preso no complexo da Canhanduba. No pedido de habeas corpus, o advogado Claudio Gastão da Rosa Filho argumentou que, conforme o entendimento no STF, a prisão preventiva, enquanto medida cautelar, não pode servir como antecipação de pena.

Por unanimidade, os desembargadores votaram pela substituição da preventiva. O médico vai ficar livre, mas fará uso de tornozeleira eletrônica. O médico também terá que comparecer em juízo mensalmente.

Neandro ainda está proibido de manter contato com as vítimas e de frequentar bares e boates. Ele também terá que ficar em casa à noite e estará com o registro profissional suspenso.

Preso no postinho

O médico foi preso no dia 16 de fevereiro, enquanto trabalhava na UPA do bairro Cordeiros, em Itajaí. Um dossiê com imagens do médico abusando das pacientes foi entregue à polícia, que iníciou a investigação.

O médico também já trabalhou em Navegantes, Itapema e Joinville. Os crimes ocorriam sempre dentro dos postos de saúde.

Vítimas identificadas

A polícia Civil tomou o depoimento de três mulheres que foram atacadas pelo clínico geral. Duas vítimas aparecem nos vídeos entregues à polícia. Uma terceira soube do caso e procurou a delegacia.

Uma das vítimas foi filmada durante a consulta na rede pública de Itapema, em 2017. Outra paciente, em 2015, em Navegantes, estava imobilizada em uma maca e com colete cervical quando foi abusada. Essas duas foram filmadas pelo médico e afirmaram à polícia que não tinham conhecimento das gravações.

Uma terceira mulher foi atendida em Itajaí, em janeiro deste ano, e procurou a polícia após ver as denúncias contra o médico na imprensa. Ela estava com dores na barriga quando procurou atendimento na rede pública. Ela foi apalpada indevidamente pelo acusado.