A morte de Guilherme Montani, personal trainer assassinado a tiros em frente à Smart Fit no dia 18 de novembro, não deixou só tristeza. A família ainda enfrenta os custos do velório e do sepultamento, que passaram de R$ 15 mil. Para ajudar a bancar essas despesas, um amigo próximo criou uma vaquinha online. A campanha é organizada por Carlos Vinicius Priess, que convivia de perto com o Gui e decidiu reunir apoio para aliviar a carga da família.

Segundo Carlos, a família não sabia da iniciativa. “A família é muito especial, eles não sabem desta ação, justamente foi um momento de empatia dos amigos que querem contribuir com a família valorosa. O Gui sempre ajudou muitas pessoas, sempre fez campanhas e agora chegou o momento da gente exaltá-lo. O Guilherme plantou muitas coisas boas e hoje está colhendo esses frutos”, disse.

Os dois se conheceram há cinco anos, quando Guilherme virou personal de Carlos, e a relação logo evoluiu para amizade próxima. “Nos aproximamos, viramos amigos bem próximos. Conheci a família dele, a vida dele, e a gente virou grandes amigos”, contou.

Depois da separação entre Guilherme e a ex-companheira — suspeita do assassinato — ele passou meses morando na casa de Carlos. “Eu vivenciei questões das ameaças, da rotina dele, das cobranças dela. Por isso hoje eu figuro como testemunha ocular no processo”, afirma.

A convivência fez Carlos se aproximar também da família do personal, no Paraná. “Conheci os pais dele, e a gente se uniu num caráter familiar. O seu Antônio e a dona Dirlei eu tenho como se fossem meus pais. E o Gui é meu irmão. Não é de sangue, mas é o irmão de coração que a vida me deu”, disse.

A vaquinha tem meta de R$ 15 mil, valor direcionado para o velório, o terreno e o sepultamento. Os demais custos devem ser pagos com uma rifa organizada pelos amigos. A irmã de Guilherme, Viviane, será a responsável por fazer os pagamentos junto à funerária.

Clique e acesse a vaquinha. 

Morte brutal

Guilherme, 34 anos, foi atingido por diversos disparos quando saía do trabalho na Smart Fit, na praça dos Correios. Ele caminhava em direção à moto quando foi surpreendido pelos tiros. A principal suspeita é a ex-companheira, J.F., de 31 anos, que não aceitava o fim do relacionamento.

Testemunhas relataram que ela usou uma peruca para não ser reconhecida e fugiu em um carro dirigido por um homem ainda não identificado. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional.

Horas antes de morrer, Guilherme e a noiva, Anna Júlia, tinham marcado o casamento na igreja. “Me tiraram meu homem, meu noivo”, desabafou Anna ao DIARINHO. O personal vivia uma fase de planos e viagens com a noiva e era muito querido pelos alunos. A despedida aconteceu no Paraná, cidade natal de Guilherme. Em Itajaí, colegas organizaram uma homenagem com velas em frente à academia.