Uma das vítimas foi filmada durante consulta na rede pública de Itapema, em 2017. Ela estaria bêbada durante a consulta.

Uma das vítimas foi filmada durante consulta na rede pública de Itapema, em 2017. Ela estaria bêbada durante a consulta.

Outra paciente, em 2015, em Navegantes, estava imobilizada com uma maca e colete cervical. Essas duas foram filmadas pelo médico e afirmaram à polícia que não tinham conhecimento das gravações.

Uma terceira mulher foi atendida em Itajaí, em janeiro deste ano, e procurou a polícia Civil, após ver as denúncias contra o médico na imprensa. Ela estava com dores na barriga quando procurou atendimento na rede pública. Ela foi apalpada indevidamente pelo doutor.

O delegado Alexandre Carvalho de Oliveira, que investiga o caso, não revelou onde ocorreu o atendimento em Itajaí. Ele confirmou que a polícia já tem o depoimento dessas três pacientes, mas ainda procura as outras 10 mulheres atendidas pelo médico.

Na semana passada, o delegado interrogou o médico no presídio da Canhanduba. Ele confirmou que fazia os vídeos das pacientes, mas alegou que era um procedimento normal e feito para se resguardar, caso tivesse o atendimento questionado pelas pacientes.

O médico está preso por força de uma prisão temporária. O delegado Alexandre estuda se pede a prorrogação ou a conversão da temporária para a preventiva - aquela prisão por tempo indeterminado.

Abusos

O médico foi preso no dia 16 de fevereiro, enquanto trabalhava na o bairro Cordeiros. A operação de cumprimento do mandado de prisão foi chamada de Jaleco Branco. O médico também atuou em Navegantes e Joinville, de onde podem ser algumas das vítimas. Os crimes estariam ocorrendo sempre dentro dos postos de saúde. Neandro vai responder por ‘violação sexual mediante fraude’.