O vereador pexêro, o serelepe Cris Fischer (PRD), com Lélia, diretora de Patrimônio e Teresinha, presidente da Fundação Catarinense de Cultura, em Guabiruba

Rescaldo

Rescaldo

O ano acabou e é aqui que eu começo. Hora de dizer quem levou o prêmio de “Prefeito do Ano”, um concurso que acabei de introduzir aqui na coluna e espero repetir no ano que vem e no outro, e assim por diante. É o famoso rescaldo dos melhores e piores prefeitos da nossa região que começa hoje

Destaque

Não tenho a menor dúvida de que o prefeito destaque aqui da região da Amfri foi o prefeito de Camboriú, o ex-tudo Leonel Pavan (PSD), que ressurgiu das cinzas eleito para administrar uma cidade de orçamento curto e problemas enormes, e que, além de dar conta do recado, sobrou. Por isso leva o prêmio Destaque do Ano JC.

Sabe tudo

Pavan deu aula de política ao exorcizar o perrengue de direita versus esquerda e conseguiu grana do governo federal para tocar obras importantes na capital da pedrada e ex-do tiro ao vereador. Apresentou um planejamento de ações de governo ambicioso - com grandes obras e ampliação da autoestima do cidadão – e fez e aconteceu. Deu show…

Exemplo

Com orçamento menor do que Navegantes e Itapema, Pavan mostrou que experiência faz a diferença na hora de fazer a máquina rodar, e com seu estilo rolo compressor conseguiu grande apoio da população e grande destaque na imprensa estadual e nacional. Então está de parabéns.

As supercitys

Pavan só não conseguiu mesmo foi fazer frente às duas supercidades da região, a city pexêra, Itajaí e a Dubai brasileira, Balneário Camboriú, que têm prestígio e orçamentos gigantes em relação aos outros municípios da Amfri. Itajaí tem o dobro do orçamento de BC, em compensação tem seis vezes a área territorial da Dubai brasileira, mesmo assim, Robison Coelho deu de relho.

O Oscar vai para…

E, por isso, o “Prêmio Prefeito do Ano da Amfri” vai para Robison Coelho (PL), de Itajaí. Robison pegou uma cidade destruída, uma herança maldita do ex-prefeito barbudinho Volnei Morastoni (PMDB), e rapidamente pôs a cidade para rodar. Ajeitou a aparência e restabeleceu, a toque de caixa, a autoestima da cidade mais rica e uma das mais tradicionais do estado.

Perfeito não foi

Não vou dizer que Robison foi perfeito. Ainda tem muita coisa pra ajustar em seu governo, mas tirar Itajaí da situação em que estava e terminar o ano com a cidade vibrando e comemorando, não tem preço… Pro ano que começa, Robison tem que consertar a Saúde, melhorar a Educação e se livrar dos encostos. Enfim…

A decepção

Eu acho que a decepção do ano foi a prefeitona dos bairros, Juliana Pavan (PSD), que veio com tudo após vencer o candidato fake Fabrício da Shopee, ops, Peeter Lee Grando (PL), e apontar como a nova musa da capital catarinense do turismo. Mas o governo dela em 2025 foi bem “mais ou menos”… ou não foi?

Equipe fraca

Mas não vou ser injusto e colocar nas costas da prefeitona dos bairros toda a culpa de um governo problemático. A equipe é que é ruim pra caralho. A única coisa que tá melhorando é a Educação (neste momento), com gente que entende e interessada na coisa. Porque de resto, a Segurança piorou, a Saúde virou uma desgraça com a estadualização do Ruth Cardoso, os servidores de carreira, professores e o escambau, querem ver o diabo na frente e não querem ver a prefeita, e por aí vai…

Blindada

Enquanto o diz-que-diz-que corre, e Juliana é criticada por atos e ações de seu governo, a prefeita segue blindada por uma meia dúzia de três ou quatro que sussurram em seus, provavelmente, sensíveis zovidos que está tudo bem, que ela é a melhor do mundo. Melhor até que o Auri. Então…

Abre o zóio, prefeita!

Juliana está mal cercada. Escuta gente que não tem expertise e nem experiência nenhuma. Meros puxa-sacos (a pior raça que tem é babador de ovo, os puxa-sacos). Devia escutar o pai, não esses caras e essas caras. Acertava muito mais. Mas… Vão dizer que é a oposição que assopra essas coisas em meus sensíveis zovidos, mas não é não.

Ano de oportunidades perdidas

O ano não foi feliz para a vereadora cultural Hilda Deola, a Hildinha (PDT). Justamente ela, tão ligada historicamente à cultura pexêra, acabou sendo politicamente atropelada pela minha ex-musa BBB, a Dom Quichata Ana Carolina (PSDB?).

Em silêncio

No primeiro ano do governo Robison Coelho, Hilda teve uma chance rara: foi a única vereadora da oposição. Era a oportunidade de ouro para fazer barulho, se posicionar, crescer politicamente. Mas não fez barulho. E pior: não deixou marca. Passou o ano em silêncio enquanto o jogo seguia. Agora, no final do ano, quis fazer arrulhos, alfinetam seus críticos.

Contraste

Fechando o ano, o governo Robison Coelho encaminha soluções para o perdão de dívidas de clubes históricos, como o Sebastião Lucas. Um contraste inevitável: Hilda esteve oito anos no governo e nada conseguiu nesse sentido.

“É tolo aquele que erra o alvo. E culpa o arco ao invés de corrigir a mira” - Sun Tzu

Avanços

Em apenas um ano, a atual gestão avançou em uma área que era da Hilda. Fato é que, além disso, o crescimento dos eventos culturais foi visível e concreto — algo que deveria, teoricamente, ser a bandeira natural de Hilda.

Retorno à piramidal

Falando na galega Anna Carolina, parece mesmo estar de despedida da prefa, em uma função com menor projeção pessoal, mas estratégica, a superintendente das Fundações entregou resultados à frente da Cultura, Esporte e Turismo — áreas que avançaram, ganharam visibilidade e organização. O caminho agora parece claro: retorno à piramidal casa do povo.

em que partido estará a galega?

Com a volta ao legislativo, surge a questão política inevitável: em que partido Ana Carolina disputará as próximas eleições? O xadrez partidário começa a se mover cedo em Itajaí. Pensar 2026 começa agora e a galega não é jogadora de improviso. O próximo passo será tão importante quanto o bom desempenho que teve no executivo.

Serelepe

O vereador serelepe Cris Fischer esteve na terra do Pelznickel, Guabiruba, acompanhando a presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Maria Teresinha Debatin. Serelepe já havia trazido a autoridade catarinense para Itajaí em novembro, para um papo com a diretora da Fundação Cultural, Elisabete.

Cultura

Visitaram a Casa da Cultura junto com o diretor Wenceslau e apresentaram um pouco das ações, fizeram alguns pedinchos e apresentaram as ações do ano e mostraram a estrutura do Natal Encanto 2025. Cris também havia feito o convite para acompanhar a presidente em Guabiruba para ver o Papai Noel do Mato.

Pelznickel

Com o convite oficial pela Sociedade do Pelznickel que recebe incentivo via PIC, serelepe e Teresinha seguiram. Também esteve presente a Lélia Nunes, diretora de Patrimônio Cultural. Foram recebidos pelo presidente Vandrigo e vice Jocimar dos Pelznickel. Conheceram a estrutura e tudo mais.

Patrimônio

Teresinha ficou encantada, sugeriu várias ideias e fez algumas orientações. Cris aproveitou e já deixou o convite para Lélia, que é entendida na história açoriana, para vir a Itajaí conhecer o patrimônio de perto e bater um papo com a diretora Sandra, da Fundação Genésio Miranda Lins e a Associação de Amigos do Museu Histórico e Arquivo Público de Itajaí.

Ataque à choupana

O Pai Atanásio, que ficou agoniado por não poder mais frequentar a praia do Pinho e ficar balagandando suas mixarias ao vento, ligou nesta segunda-feira, logo cedo, pra questionar o socadinho escriba sobre a tentativa de arrombamento da choupana do JC. O véio neurótico suscitou que tal não era uma mera tentativa de algum noiado de surrupiar os parcos bens do local pra trocar por drogas, e que tinha caroço nesse angu.

Aiatolás da política

O Atanásio, atacado das ideias, suscitou de que poderia ser algum grupo de extremistas injuriados com o dedilhar da coluna Jotacê, do Blog do JC, que não gostou de ser criticado ou confrontado em suas ações. O véio falou até que teria sido a mando de aiatolás da política, pra que o pançudinho baixasse a bola nos seus escritos e opiniões. Esse Pai Atanásio viaja...

E os guapecas?

“E aqueles quatro guapecas que tu tens na sua casa?”, foi logo perguntando Atanásio, se os cachorros não deram sinal dos malfeitores da madruga, pra completar: “Fiquei sabendo que tu parou de tomar o remédio pra dormir e passa as noites se revirando na cama. Tá ficando surdo, é?!”

Desdenhou

O véio Atanásio tava fulo, malcriado como sempre e até desdenhou que os bandidos iam se estrepar, como de fato aconteceu, porque arrancaram a porta de vidro, forçaram a porta pantográfica de ferro destruindo a fechadura e um mísero cadeado impediu que lograssem êxito de invadir o local. Foi um trabalho arrumar, em pleno domingo, o preju.

Não tem merda nenhuma

“Esses mal-acabados iam se ferrar, o melhor do melhor do mundo, o Auri Pavoni, diz que tu não tens merda nenhuma. O que iam roubar? Um computador velho, impressora velha, uma máquina de fliperama que não funciona, cafeteira, vassoura”, lascou Atanásio, rindo nervoso. Revidei que não tenho bens, tenho leitores que me leem por mais de duas décadas. O Atanásio não respondeu.

“Piá da noite não viu nada! ”

Antes de terminar, Atanásio alembrou que moro na frente da empresa de transportes de valores, a Prosegur, “afinal, a segurança do entorno é importante pra todos”, filosofou. Ao saber que perguntei, mas disseram que “o piá da noite não viu nada”, o véio quase teve um troço, deu um ataque de pianço que pensei que ele não ia ver o Papai Noel na noite de 24 pra 25.

Coxa colada!

Falei, todo pimpão, que tinha comprado câmeras pra vigiar a choupana e ter mais segurança, mas o Pai Atanásio não melhorou: “Seu coxa colada, já devia ter feito isso, é o mínimo do mínimo, seu cosatansa!”, xingou o desalmado.

Operação Recomeço

O único senão do Pai Atanásio é que ele me deu razão, quando este critica a famigerada “Operação Recomeço”, realizada na Contorno Sul, na entrada do Nossa Senhora da Graças, o popular Matadouro, de que só iria espalhar os moradores de rua e fazer com que a bandidagem alvissareira que por aqui campeia, ali misturada, fosse fazer malvadezas em outras áreas da city pexêra.

Voltaram

Pai Atanásio me disse que passou pela Contorno Sul com sua charrete elétrica e com a saída de todo aquele aparato, ficando apenas uma pequena base, aquele povo, moradores de rua e sacripantas que se escondem no meio, voltaram a dar as caras

Espírito natalino?

Ainda enfurecido, contou que endoidou quando leu no DIARINHO que os bandidos atentaram contra a força policial com fogos de artifício. O véio se solidarizou com os policiais feridos e falou que este (o JC) tinha razão desde o “começo do recomeço”. Quase chorei, pois o véio não costuma me dar razão. Será que é o espírito do Natal?

Então é Natal...

Essa é a última coluna do jornal impresso e no site DIARINHO.net. Voltaremos com certeza, no dia 5 de janeiro de 2026, pra mais um ano de desafios e conquistas. Momento de agradecer à chefa bonitona Samara Toth Vieira e à equipe do DIARINHO pelo prestígio e #tamojunto de todos os dias. Quero agradecer também à jornalista Laura Testoni, a musa dos olhos coloridos, pela parceria. Por fim, e mais importante, ao leitor de mais de duas décadas. Feliz Natal e um baita ano novo!