Lá se foram quase oito meses de governo municipal e o que vemos em Balneário Camboriú é muita propaganda, festas, redes sociais e pouco resultado prático de uma boa administração.
Muito se esperou que a primeira mulher eleita em Balneário Camboriú renovasse o método de gerir a cidade, fizesse uma administração independente e corajosa, com pessoas capacitadas tecnicamente para administrar, garantindo que os serviços públicos funcionem eficazmente e que as políticas atendam às necessidades da população, mormente as pessoas mais carentes, aquelas que precisam efetivamente que o poder público municipal esteja mais presente em suas necessidades prementes.
Mas, infelizmente, não é isso que se vê. Juntou um amontoado de políticos da velha guarda, pessoas que já trabalharam em governos passados, inclusive de oposição, com outros novos, sem ...
Muito se esperou que a primeira mulher eleita em Balneário Camboriú renovasse o método de gerir a cidade, fizesse uma administração independente e corajosa, com pessoas capacitadas tecnicamente para administrar, garantindo que os serviços públicos funcionem eficazmente e que as políticas atendam às necessidades da população, mormente as pessoas mais carentes, aquelas que precisam efetivamente que o poder público municipal esteja mais presente em suas necessidades prementes.
Mas, infelizmente, não é isso que se vê. Juntou um amontoado de políticos da velha guarda, pessoas que já trabalharam em governos passados, inclusive de oposição, com outros novos, sem qualquer experiência de gestão e o resultado está aí, insatisfação e decepção da população.
O atendimento da Saúde, que muito se espera de que seja a pasta de maior responsabilidade e mais bem cuidada, está decaindo a cada dia. Como não teve competência para cuidar de um hospital municipal, depois de vários acontecimentos desastrosos e fartamente denunciados na imprensa, achou por bem se livrar do nosocômio doando-o para o Estado, sem qualquer garantia de que haverá um bom e especial serviço para os munícipes. Junto com ele doou também o centro de diagnose com todos os aparelhos de imagens, deixando a população à mercê do Estado, ou melhor, de uma Organização Social, pois o governador já se pronunciou que vai repassar a administração. O mais grave é que nesse período de transição, ainda não estando o hospital nas mãos e responsabilidade do Estado, encontra-se literalmente abandonado. Enquanto isso, as outras unidades de saúde continuam na mesma situação precária. Falta de manutenção, atendimento insuficiente, funcionários insatisfeitos e nenhum investimento.
Na área da Segurança Pública o que se vê é um descompasso no atendimento da população, pois pouco ou nenhuma ação conjunta se vê entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar, mormente no policiamento ostensivo, culminando com a saída do secretário, justamente por cobrança excessiva de moradores pedindo mais ação e prevenção.
Infelizmente, algazarras, brigas, perturbações de sossego e pequenos furtos têm aumentado consideravelmente nesta época do ano, imagina quando chegarem as festas de fim de ano e o verão.
Já na Educação a situação não é das melhores. O uniforme escolar somente agora, no meio do ano, chegou para os alunos. As salas de aulas estão em péssimo estado de manutenção e as licitações e contratos feitos para compra de serviços e materiais estão sendo questionados pelos seus altos preços. Mas o pior está dentro das salas de aulas, pois o mínimo exigido de carga horária para formação de professores por área ainda não está sendo cumprida. Não existe mais coordenadores para cada área, faltando apoio e fiscalização contínua, refletindo no desempenho dos professores e aprendizagem dos alunos.
Na Assistência Social, Mulher, Família e Idosos é literalmente uma festa. Tem muita recreação, comida e bailes que divertem seus frequentadores, mas não se vê planejamentos e projetos para proteção social, redução das desigualdades e garantia de direitos. Nada se faz para inserção no mercado de trabalho dos idosos e pessoas com deficiência. Um eficiente acolhimento aos moradores em situação de rua e imigrantes inexiste. Muito menos alguma preocupação com as comunidades LGBTQIA’s+. Em uma delas existem até reclamações de funcionários que vêm sofrendo assédio moral. As duas secretarias repetem muitas atividades para o mesmo público, que é voltado pra quem mora no centro, esquecendo os bairros.
O Turismo, que deve ser a mola mestra da economia da cidade, precisa melhorar na sinalização básica indicando cada ponto turístico. Há necessidade de uma campanha de conscientização com comerciantes e moradores sobre a importância do turismo. Ter mais banheiros públicos e colocar em perfeito funcionamento, mantendo limpos os que já existem. Mais chuveiros funcionando nas praias. Melhorar a acessibilidade em todas as praias e agilizar a reurbanização da praia Central. Pelo que se tem visto, alguns quiosques demolidos voltaram a ser instalados em cima da areia da praia, em um tablado de madeira, piorando o que já não estava bom.
Problemas na Emasa, com falhas nas estações de tratamento, queimas de bombas por falta de manutenção e esgoto jogado direto no rio Camboriú. Atraso na entrega da obra da passarela da Barra Norte. Diversas suspeitas em contratação emergencial sem licitação, entre outras mazelas, demonstram que a cidade de Balneário Camboriú precisa de um choque de gestão.
Ainda é tempo de a prefeita dar uma sacudida, “rodar a baiana” como gosta de fazer nas redes sociais, largar os métodos antigos de administração e parcerias políticas, tomar as rédeas e o rumo certo de sua administração, trazer pessoas capazes de realizar mudanças concretas, especialmente nas áreas mais sensíveis ao bem-estar da população, pois a situação como está vai desgastando a esperança e a credibilidade do seu governo.