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Casos e ocasos

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Rosan da Rocha é catarinense, manezinho, deísta, advogado, professor e promotor de Justiça aposentado. Sem preconceitos, é amante da natureza e segue aprendendo e conhecendo melhor o ser humano

Rodar a baiana


Rodar a baiana
(foto: Imagem gerada por IA)

Lá se foram quase oito meses de governo municipal e o que vemos em Balneário Camboriú é muita propaganda, festas, redes sociais e pouco resultado prático de uma boa administração.

Muito se esperou que a primeira mulher eleita em Balneário Camboriú renovasse o método de gerir a cidade, fizesse uma administração independente e corajosa, com pessoas capacitadas tecnicamente para administrar, garantindo que os serviços públicos funcionem eficazmente e que as políticas atendam às necessidades da população, mormente as pessoas mais carentes, aquelas que precisam efetivamente que o poder público municipal esteja mais presente em suas necessidades prementes.

Mas, infelizmente, não é isso que se vê. Juntou um amontoado de políticos da velha guarda, pessoas que já trabalharam em governos passados, inclusive de oposição, com outros novos, sem ...

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Muito se esperou que a primeira mulher eleita em Balneário Camboriú renovasse o método de gerir a cidade, fizesse uma administração independente e corajosa, com pessoas capacitadas tecnicamente para administrar, garantindo que os serviços públicos funcionem eficazmente e que as políticas atendam às necessidades da população, mormente as pessoas mais carentes, aquelas que precisam efetivamente que o poder público municipal esteja mais presente em suas necessidades prementes.

Mas, infelizmente, não é isso que se vê. Juntou um amontoado de políticos da velha guarda, pessoas que já trabalharam em governos passados, inclusive de oposição, com outros novos, sem qualquer experiência de gestão e o resultado está aí, insatisfação e decepção da população.

O atendimento da Saúde, que muito se espera de que seja a pasta de maior responsabilidade e mais bem cuidada, está decaindo a cada dia. Como não teve competência para cuidar de um hospital municipal, depois de vários acontecimentos desastrosos e fartamente denunciados na imprensa, achou por bem se livrar do nosocômio doando-o para o Estado, sem qualquer garantia de que haverá um bom e especial serviço para os munícipes. Junto com ele doou também o centro de diagnose com todos os aparelhos de imagens, deixando a população à mercê do Estado, ou melhor, de uma Organização Social, pois o governador já se pronunciou que vai repassar a administração. O mais grave é que nesse período de transição, ainda não estando o hospital nas mãos e responsabilidade do Estado, encontra-se literalmente abandonado. Enquanto isso, as outras unidades de saúde continuam na mesma situação precária. Falta de manutenção, atendimento insuficiente, funcionários insatisfeitos e nenhum investimento.

Na área da Segurança Pública o que se vê é um descompasso no atendimento da população, pois pouco ou nenhuma ação conjunta se vê entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar, mormente no policiamento ostensivo, culminando com a saída do secretário, justamente por cobrança excessiva de moradores pedindo mais ação e prevenção.

Infelizmente, algazarras, brigas, perturbações de sossego e pequenos furtos têm aumentado consideravelmente nesta época do ano, imagina quando chegarem as festas de fim de ano e o verão.

Já na Educação a situação não é das melhores. O uniforme escolar somente agora, no meio do ano, chegou para os alunos. As salas de aulas estão em péssimo estado de manutenção e as licitações e contratos feitos para compra de serviços e materiais estão sendo questionados pelos seus altos preços. Mas o pior está dentro das salas de aulas, pois o mínimo exigido de carga horária para formação de professores por área ainda não está sendo cumprida. Não existe mais coordenadores para cada área, faltando apoio e fiscalização contínua, refletindo no desempenho dos professores e aprendizagem dos alunos.

Na Assistência Social, Mulher, Família e Idosos é literalmente uma festa. Tem muita recreação, comida e bailes que divertem seus frequentadores, mas não se vê planejamentos e projetos para proteção social, redução das desigualdades e garantia de direitos. Nada se faz para inserção no mercado de trabalho dos idosos e pessoas com deficiência. Um eficiente acolhimento aos moradores em situação de rua e imigrantes inexiste. Muito menos alguma preocupação com as comunidades LGBTQIA’s+. Em uma delas existem até reclamações de funcionários que vêm sofrendo assédio moral. As duas secretarias repetem muitas atividades para o mesmo público, que é voltado pra quem mora no centro, esquecendo os bairros.

O Turismo, que deve ser a mola mestra da economia da cidade, precisa melhorar na sinalização básica indicando cada ponto turístico. Há necessidade de uma campanha de conscientização com comerciantes e moradores sobre a importância do turismo. Ter mais banheiros públicos e colocar em perfeito funcionamento, mantendo limpos os que já existem. Mais chuveiros funcionando nas praias. Melhorar a acessibilidade em todas as praias e agilizar a reurbanização da praia Central. Pelo que se tem visto, alguns quiosques demolidos voltaram a ser instalados em cima da areia da praia, em um tablado de madeira, piorando o que já não estava bom.

Problemas na Emasa, com falhas nas estações de tratamento, queimas de bombas por falta de manutenção e esgoto jogado direto no rio Camboriú. Atraso na entrega da obra da passarela da Barra Norte. Diversas suspeitas em contratação emergencial sem licitação, entre outras mazelas, demonstram que a cidade de Balneário Camboriú precisa de um choque de gestão.

Ainda é tempo de a prefeita dar uma sacudida, “rodar a baiana” como gosta de fazer nas redes sociais, largar os métodos antigos de administração e parcerias políticas, tomar as rédeas e o rumo certo de sua administração, trazer pessoas capazes de realizar mudanças concretas, especialmente nas áreas mais sensíveis ao bem-estar da população, pois a situação como está vai desgastando a esperança e a credibilidade do seu governo.


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