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Meus cumprimentos aos educadores


Nemo, jogador de futebol rápido e tenaz, celebridade do esporte, recaía em desconfianças. Numa disputa, Nemo tocou a bola para frente em paralelo à linha lateral e, com a proximidade de um adversário, simulou uma falta, rolou rapidamente nove vezes e dissimulou dor extrema. Os músculos faciais e expressões do rosto declaravam algo grave e incapacitante. Percebida a chegada lenta do juiz, Nemo, em recuperação inesperada e com total superação da dor, levantou-se revoltoso e insurreto. Foi excluído do espetáculo por fingimento e impostura.

O esporte, o futebol como o mais popular, é guerra ritualizada, com regras bem definidas e juízes de prontidão. Entre os gregos antigos o esporte era enfrentamento sem armas, sem o desejo de morte do adversário. Nos Jogos Olímpicos a guerra mundial militar se converte em encontro entre nações orientado pela moral da amizade e dos compromissos éticos esportivos. Para o país onde ocorrem os confrontos é a chance de se mostrar ao mundo pela capacidade de organização e execução de todas as modalidades esportivas, as evoluções em tecnologia, a competência de acolhimento. A hierarquia entre as nações se conta em medalhas.

Pelo princípio moral e pelas finalidades do esporte moderno, nações que se encontram em guerra são excluídas da participação em Jogos Olímpicos. Isso ocorre na vida social quando pessoas não assumem os princípios éticos e morais e legais da convivência. A simulação e a dissimulação, pela recorrência e excessos, são percebidas pelos participantes.

Ao ser expulso da competição, Nemo exasperou sua revolta, como certo estivesse de que o descompasso era a mais verdadeira das verdades, o fato mais realista da realidade. A torcida, no ...

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O esporte, o futebol como o mais popular, é guerra ritualizada, com regras bem definidas e juízes de prontidão. Entre os gregos antigos o esporte era enfrentamento sem armas, sem o desejo de morte do adversário. Nos Jogos Olímpicos a guerra mundial militar se converte em encontro entre nações orientado pela moral da amizade e dos compromissos éticos esportivos. Para o país onde ocorrem os confrontos é a chance de se mostrar ao mundo pela capacidade de organização e execução de todas as modalidades esportivas, as evoluções em tecnologia, a competência de acolhimento. A hierarquia entre as nações se conta em medalhas.

Pelo princípio moral e pelas finalidades do esporte moderno, nações que se encontram em guerra são excluídas da participação em Jogos Olímpicos. Isso ocorre na vida social quando pessoas não assumem os princípios éticos e morais e legais da convivência. A simulação e a dissimulação, pela recorrência e excessos, são percebidas pelos participantes.

Ao ser expulso da competição, Nemo exasperou sua revolta, como certo estivesse de que o descompasso era a mais verdadeira das verdades, o fato mais realista da realidade. A torcida, no pulso revoltoso do desejo contrariado, se punha com agressividade verbal e explosão em violência física. Mesmo que o vídeo do estádio mostrasse, com detalhes, a distância entre os jogadores e a inexistência de contato entre Nemo e adversário, os torcedores queriam vingança perante a sentença.

Nemo foi protegido de si mesmo, tratou de sua fissura psicológica. Em sua infância aprendeu a arte do disfarce e a magia do convencimento por dissimulação. Frequentou salas de violência, agressividades, gritarias. Aprendeu que o mundo era assim. Quando saiu para viver com o mundo, não sabia guiar suas pernas senão pelos cenários de sua infância. Para onde ia a mala estava cheia de seu passado. Teve destaque sem nunca ter conseguido afastar os fantasmas de seus sonhos e pesadelos.

O esporte é um processo de confronto regulado, cujos contornos de comunicação são bélicos: um corpo caído no chão, eliminado, artilheiro, arqueiro, torpedo, canhão, armador, contenda, desarme, fuzilar, petardo, matar a jogada, tiro, bomba, balaço, baleado, blitz... Usamos a comunicação como meio de expressar nossa forma de perceber a vida, de desenhar nossos passos, de entender o mundo, de caminhar no mundo, de ser no mundo. O que falamos, como falamos, no ambiente onde falamos, para quem falamos, grita nosso passado, nossa formação, nossa forma de sentir, agir, perceber, pensar...

O perigo de tudo isso é como as novas crianças entendem como o mundo é pela forma que o apresentamos a elas. Meus cumprimentos aos educadores! As escolas são meios de “purificação da alma” e os professores formadores de destinos, tal qual os pais!

JANUÁRIO, Sérgio S.

Mestre em Sociologia Política


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