JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Reforma tá lá, diz prefeita
Reforma tá lá. A prefeita espevitada de BC, Juliana Pavan (PSD), com o vice dublê de vampiro, Nilson Probst (MDB) e o presidente da casa do povo, Marco Véio Kurtz (Pode)
Entrou reformando
Depois que este pançudinho escriba comentou na coluna e publicou vídeo nas redes sociais questionando a prefeitona dos bairros, Juliana Pavan (PSD), sobre a pressa que defendia antes da posse para aprovar a reforma administrativa, choveram comentários defendendo a espevitada, e lascando que o JC tem que morder a língua. Arreda, cambada de puxas!
Recordar é viver
A entisicada Juju Pavan prometeu a reforma administrativa na campanha, já apresentou o projeto de cara durante a transição, pediu apoio do ex-prefeito pop star Fabrício Oliveira (ainda no PL) para enviar a reforma no fim de 2024, mas não conseguiu sensibilizar o muso das bochechas rosadas — que também prometeu (em duas eleições) aprovar a bendita reforma.
Reforma está valendo
Pois não é que a minha ex-musa da confusão fez em um dia o que o antecessor prometeu fazer (e não fez) em oito anos? A filhota do ex-tudo editou uma medida provisória na tarde do dia 1/1/2025, e enviou para a casa do povo da city alagada, digo, alargada. Desde então, a nova estrutura administrativa, que extinguiu oito secretarias e fez importantes ajustes e mudanças, já está valendo.
Agora é com os heróis legislativos
A medida provisória é um mecanismo previsto na Lei Orgânica Municipal e pouco utilizado. Depois de protocolada, passa a vigorar de imediato, sendo que o parlamento tem 60 dias para votar a matéria — depois disso a pauta de votações fica trancada. E com um detalhe: a MP não pode ser votada durante o recesso parlamentar.
Honrou a palavra
Coerência, atitude e decisão na política são tudo. Ju Pavan defendeu a reforma enquanto vereadora, propôs enquanto candidata, elaborou o projeto já como prefeita eleita, e sem o apoio de Fabrício Oliveira para começar com o pé direito e a estrutura nova, matou no peito e mostrou que a pauta é prioritária para seu governo. Tem quem fala e tem quem faz. Que continue assim!
Capital político
Eu sou um cara do bem e vivo no meu canto sem intenção de prejudicar quem quer que seja. Mas, mesmo aqui onde estou, sossegado, vozes me chegam, insistentes, perturbando meus sensíveis ouvidos.
Vozes
E essas vozes me falam sobre políticos que saíram das eleições de 2024 por cima da carne seca e que, em troca da confiança do povo, optaram por queimar seus patrimônios políticos por nada. Então vamos a elas.
Mister Robison
E o primeiro deles é o prefeito de Itajaí Robison Coelho… Abrir parênteses: dois políticos se saíram absolutamente vitoriosos das eleições de 2024: Robison Coelho (PL) e Juliana Pavan (PSD). Só Robison, por exemplo, colocou inesperados mais de 20 mil votos em cima do segundo colocado na eleição para prefeito de Itajaí. Um recorde.
Deu banho
Robison Coelho fez mais de 50% dos votos válidos. Sobrou. Com esse capital político a expectativa que se criou na boca do povo era de que ele promovesse um início de governo avassalador, mas ficou só na promessa...
A pergunta:
Ou Robison não se deu conta do que conseguiu — uma vitória maiúscula —, ou então se deixou emprenhar pelos zovidos por aqueles que o cercam? Qual a resposta correta? Essa é a pergunta de um milhão de dólares.
Vice? Como assim?
Digo isso porque, mesmo com uma vitória consagradora, Robison permitiu espaço igual ao seu para seu vice, Robin Angioletti (abrir parênteses: vice não é nada), e para eminências pardas que o cercam e que mandam mais no seu governo do que ele mesmo. E é sobre isso que se comenta na cidade.
Quem manda?
Observadores se perguntam: quem manda em Itajaí? Robison, que é a quem foram dados milhares de votos? Ou a turma do Itamirim? Ou os doutores da Univali? Ou a turma do Jandir? Ou os Sandri? Ou o papai-sabe-tudo Angioletti? Hein? Acorda! Você está jogando precioso capital político fora.
Sabe por quê?
Porque quem tem voto é você, Robison. Os votos foram dados a você. E voto é confiança. Ninguém votou nos Sandri. Eles têm zero votos. Ou nos Bellinis sem Bellini. Muito menos em doutores da Univali. Zero votos. Ou na tchurma de sempre do Itamirim. Bando de espertos… Zero vereadores, zero votos. Os votos foram para Robison Coelho.
E cadê ele?
O que me dizem as vozes que me chegam é que esperavam mais autoridade do prefeito eleito para mudar as coisas. Pulso. No entanto, até agora, é mais do mesmo. O que se vê — e se sente — é que o poder está delegado a quem não o tem por direito. Sente-se vácuo de poder. O que pode ser fatal. Então, tá... E eu com isso?
BBB
Outra grande promessa eleita pelo povo de Itajaí, a vereadora Anna Carolina (PSDB), também prometeu e não cumpriu. Bancou imagem de pura e límpida e promoveu o famoso estelionato eleitoral, que é prometer e não cumprir. Mas, sobre ela, volto a comentar...
Calinho Canela
O Carlos de Paula Seara Sobrinho, o conhecido Calinho Canela, foi nomeado para comandar o Mercado Público de Peixe de Itajaí. O Calinho foi o cara que tocou o Caminhão do Peixe, lá atrás, projeto inovador que se espalhou pelo Brasil e que o governo anterior enterrou. Bom nome, excelente escolha.
No Diário Oficial
Alguns bocudos da Maravilha do Atlântico, que inclusive integravam o governo do ex-prefeito pop star, ficam azucrinando porque viram no Diário Oficial as exonerações de 31/12/2024. Chamou a atenção alguns nomes que levaram pé na bunda, especialmente na secretaria de Educação. Nem a tchurma que defendia as novas ideias se acredita com o que viu. Loucura!
Creches bem cuidadas
Em um dos diversos casos bizarros, um coordenador de unidade de ensino infantil que nunca pisou em uma sala de aula (vivia perambulando no Legislativo) e que não é formado em Pedagogia, pois tem somente o ensino médio. Pelo jeito a controladoria do Município dormia em berço esplêndido nos últimos anos, pois deixou passar cada furo que deixaria qualquer promotor de cabelo em pé.
Aprender a perder
A ex-primeira dama da Dubai brasileira, Mozara Paris, parece que não aprendeu a perder. Nas redes sociais fica mandando indiretas pra quem ganhou a eleição. Além de aprender com a derrota é preciso reconhecer os erros que levaram a que não lograssem fazer o sucessor.
Egocentrismo político
A influência da ex-primeira dama, Mozara, também contribuiu com a derrota ou vai ficar na lenga-lenga de ‘imparável?’. Além disso, Mozara foi candidata a vereadora e perdeu a eleição e a Juliana Pavan (PSD) foi vereadora e agora é prefeita. Egocentrismo político não leva a lugar nenhum. E num é?
E o turismo?
Uma das pautas da eleição do agora prefeito de Penha, Luiz Américo Pereira (PL), era o turismo, além da pesca. O homi só falava de turismo e pesca. Por isso, causou estranheza ele questionando o aluguel de um píer anexo ao trapiche da praia de Armação do Itapocorói.
Não pegou bem
Na visão do prefeito Luizinho Américo o aluguel mensal de 30 mil reais é muito para manter aquele atrativo turístico que já virou point da capital do marisco. Não pegou bem, nem um pouco, o vídeo do prefeito.
Afobado
Tá parecendo que o prefeito Luiz tá afobado pra mostrar as heranças do ex-prefeito Aquiles da Costa (MDB) ao invés de olhar pra frente e trabalhar. Pelo que a turma andou me soprando no zovido, Luiz montou um primeiro escalão de amigos pouco experientes com a máquina pública, principalmente nas secretarias mais importantes.
Exemplo
Um exemplo bem claro dessa situação é a recém-formada em Direito e filha do ex-prefeito Julcemar Alcir Coelho (MDB), Gabriela Heineberg Coelho, no cargo de procuradora-geral do município.
Fechado com o velho MDB
Luizinho tá tendo que pagar uma conta que pode ficar muito cara lá na frente. A tchurma da velha guarda do MDB trabalhou em peso pedinchando voto pra ele na eleição. O ex-prefeito Coelho foi um importante cabo eleitoral no pleito do ano passado.
Emplacou a filha
Coelho, que de bobo não tem nada, nem o jeito de andar, conseguiu emplacar a filha num dos principais cargos da prefa da Penha. Dizem as más línguas que a guria terá como mentora a advogada Marizete de Souza, efetiva da procuradoria e mui amiga do ex-prefeito Coelho. Aí fica fácil, né.
Lá
Na capital da pronta-entrega e do marreco assado, Brusque, as excelências excelentíssimas se reúnem na próxima terça-feira, em sessão extraordinária pra apreciar, entre outras demandas, a reforma administrativa do governo do prefeito André Vechi. O alcaide divulgou sobre as medidas em coletiva na semana que passou.
Custos, eficiência e transparência
O alcaide fala em redução de uma porrada de custos, eficiência, praticidade e transparência da gestão. Vechi afirma que tem medidas já em curso e com resultado, entre elas a redução do comprometimento da receita com o pagório da folha dos barnabés de 52% pra 46%. O menor índice, fala Vechi, todo faceiro.
Três novas pastas
Entre as novas medidas anunciadas na coletiva pelo prefeito e os seus bagrões, constam a criação de três novas secretarias e fusão de duas: a secretaria de Fazenda, que terá somente servidores efetivos, incluindo o secretário, e a de Trânsito e Mobilidade, para conduzir o novo transporte público coletivo tão aguardado no município.
Não é uma boa
Tem ainda a de Parcerias, Concessões e Convênios, para trazer mais recursos e projetos pra Brusque. A fusão envolverá as secretarias de Comunicação e Governo, que agora formam a secretaria de Relações Institucionais. Confesso que quando, de certa forma, diminuem ou agregam algo com a Comunicação, não acredito que seja o ideal. Mas, me coloco em suspeição pela opinião.
Aumento de cargos e economia...
Com as mudanças, serão criados 21 novos cargos, sendo que 10 serão para amplo processo seletivo, algo inédito em Brusque. Além disso, os cargos comissionados terão uma redução de 5% em suas remunerações, gerando economia de R$ 1 milhão por ano. O prefeito jura com os pés juntinhos que, apesar dos novos cargos, vai ter economia. Então tá.
Foco
A criação de novas secretarias busca trazer o foco mais para perto de cada pasta, ao invés de descentralizar um mesmo tema. “A ideia de ter a secretaria de Trânsito e Mobilidade Urbana é justamente para a gente poder avançar com esse processo, sobretudo, do transporte coletivo, com a qualidade e a seriedade que ele merece”, pontuou o prefeito André Vechi.
Interessa pra Itajaí
Outra situação que não faz parte da reforma e nem foi comentado na coletiva, mas que o prefeito Vechi tem ventilado, é de que haverá uma audiência pública pra falar sobre saneamento básico em Brusque, pra se discutir a implantação da rede coletora de esgoto. Não tem um metro de cano de esgoto na terra da Fenarreco. Problema de Brusque, mas que interessa, e muito, a Itajaí que é impactado por esta situação.
Frase do dia:
“Seja meu pior inimigo, mas não finja ser meu amigo”
Pai Atanásio