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A socidedade no corpo humano [6]


Com todas as estruturas sociais a funcionar, a exercitar suas missões e tarefas no conjunto de um Organismo Social, as pessoas, como membros sociais, começam a se desenrolar: nas ruas com as regras das ruas; nas unidades educacionais com o regime educacional; nas instituições religiosas com todos os seus imperativos morais; nas famílias de acordo com as regras familiares; no trabalho com a disciplina laboral. Em cada canto da vida as regras de relacionamentos estão expostas no entorno de cada corpo, e são engolidas como para dentro do corpo [apreender] como oxigênio que trafega pelo seu corpo.

Ainda assim mantemos diferenças entre nós. Não somos exatamente iguais e a cada geração o modo de vida permite os traços de diferenças na História Social. É como comparar blocos e procurar as distinções. No dia a dia observamos as diferenças entre os indivíduos: a forma de ser, os gestos e os parâmetros que nos orientam e tomam contornos especiais. A formação que recebemos dentro de casa corresponde às nossas origens de existência social. As disciplinas e as regras do jogo são atribuídas neste momento.

Parece óbvio e é: se você nascesse na Inglaterra, falaria inglês britânico; se na França, francês; se no Japão, japonês... O cérebro de uma criança é preenchido pelo conteúdo que ela recebe desde os primeiros dias. Como o idioma, as formas de sentir e reagir também entram no corpo. As percepções do mundo são constituídas ali. É o modelo cognitivo ou as formas segundo as quais você aprende a traduzir o que existe ao seu redor. Também as condições psíquicas de encarar a si mesmo: manipulação das palavras na relação com os fatos; formas de docilidade e agressividade; conteúdos de paz e práticas de violência... A modelagem do ser social está no berço.

Depois de aprender as coisas pelo convívio familiar, preparado para o mundo e condutor do próprio corpo, as crianças iniciam a socialização mais ampla ao irem às escolas, ao templo religioso ...

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Ainda assim mantemos diferenças entre nós. Não somos exatamente iguais e a cada geração o modo de vida permite os traços de diferenças na História Social. É como comparar blocos e procurar as distinções. No dia a dia observamos as diferenças entre os indivíduos: a forma de ser, os gestos e os parâmetros que nos orientam e tomam contornos especiais. A formação que recebemos dentro de casa corresponde às nossas origens de existência social. As disciplinas e as regras do jogo são atribuídas neste momento.

Parece óbvio e é: se você nascesse na Inglaterra, falaria inglês britânico; se na França, francês; se no Japão, japonês... O cérebro de uma criança é preenchido pelo conteúdo que ela recebe desde os primeiros dias. Como o idioma, as formas de sentir e reagir também entram no corpo. As percepções do mundo são constituídas ali. É o modelo cognitivo ou as formas segundo as quais você aprende a traduzir o que existe ao seu redor. Também as condições psíquicas de encarar a si mesmo: manipulação das palavras na relação com os fatos; formas de docilidade e agressividade; conteúdos de paz e práticas de violência... A modelagem do ser social está no berço.

Depois de aprender as coisas pelo convívio familiar, preparado para o mundo e condutor do próprio corpo, as crianças iniciam a socialização mais ampla ao irem às escolas, ao templo religioso, nas práticas no supermercado, nas visitas aos médicos... O mundo externo é sempre acompanhado pelos pais e pelas “tias” [uma forma de simbolizar a amplitude do cuidado familiar]. Em todo o lugar você carrega, num dos bolsões do cérebro, a formação que obteve no berço.

Daí surge a combinação, como fluxo contínuo, da relação entre o cérebro [a máquina que lhe faz ser social] e o meio social firmado em instituições. As pessoas não são livres [de modo absoluto], mas o são na medida dos limites sociais e das costuras da formação de berço. Você só pode transitar nessas vias. Fora disso será considerado um “marginal”, fora dos limites das regras sociais aceitáveis e replicáveis.

O seu principal desafio na vida é conseguir se movimentar nesse trânsito complexo, ininterrupto, de forma sóbria e elegante, a demonstrar suas preferências e a manifestar suas aflições, seus medos, seus preconceitos. Tudo, em sua vida e na minha, são as relações que estabelecemos. Você não é o que diz ser, mas como as pessoas lhe percebem em suas relações.

Portanto, deixe de lado a condição de que “eu sou assim ou assado”. Você é o que os outros dizem de você. São elas que percebem você no trânsito da vida e são capazes de observar suas condutas e as infrações que você comete. Você não é juiz de si mesmo e, sozinho, não é capaz de decidir quem são os outros. Você é só uma pequenina parte de si mesmo. Humildade!


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