Mundo Corporativo
Por Altevir Baron -
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O financiamento direto com as construtoras
Na última quarta-feira, 3 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, pela sexta vez consecutiva, manter a Taxa Selic em 13,75% ao ano. E você sabe como isso pode impactar o mercado imobiliário? É que com a manutenção das altas taxas as transações realizadas diretamente com as construtoras ganham ainda mais força no mercado, uma vez que o juros do crédito imobiliário também são influenciados pela Selic. O financiamento direto com o vendedor, no caso de imóvel, com a construtora e incorporadora, pode ser sim vantajoso para o consumidor, diante da alternativa de financiamento através de uma instituição financeira terceira, como um banco. As principais vantagens são a facilidade na aprovação do crédito, que tem ficado mais restrito na maioria das instituições financeiras.
A FG Empreendimentos, que figura como uma das principais construtoras do país, já vem trabalhando com esse sistema de financiamento direto há vários anos e tem registrado alta nessa modalidade.
Historicamente, os imóveis vêm figurando como um dos principais bens em índices de valorização. Nesta modalidade direta, o cliente tem assegurado a credibilidade da construtora e sua sustentabilidade financeira.
Além disso, o status que Santa Catarina vem mantendo como detentora de quatro das 10 cidades com maior valorização imobiliária, segundo dados FipeZap, o que também contribui para o crescimento dessas transações diretas. Nesse sentido, as construtoras vêm apresentando, em ritmo acelerado, novos produtos ao mercado.
Os imóveis de luxo ancoram alta do mercado e o segmento é o principal responsável pelo resultado positivo da indústria da construção civil, que vem crescendo nos últimos anos, impulsionada principalmente no período de pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, 2022 foi um ano positivo, nos 12 meses do ano passado foi registrado o maior volume da série histórica do indicador ABRAINC-Fipe, iniciada em 2014. O segmento registrou um crescimento de 67,8% em relação ao ano anterior, em relação as unidades comercializadas. O estudo foi realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Assim como no panorama global, o mercado de luxo brasileiro tem se mantido forte mesmo frente à crise econômica do país. A Associação Brasileira das Empresas de Luxo (Abrael) revela que, em 2022, as vendas do segmento cresceram 50% em relação ao ano anterior. E, globalmente, os números são ainda mais expressivos. Segundo um estudo da empresa de consultoria Bain, o setor faturou mais de €1,4 trilhão em 2022, sendo que 95% das marcas tiveram um crescimento positivo ao longo do ano.
Os imóveis vêm figurando como um dos principais bens em índices de valorização”