David La Barrica chegou ao comando da casa do povo da Dubai brasileira com o apoio da oposição. David diz que tentou dialogar com o prefeito pop star Fabrício Oliveira (New-PL), mas ele nem te ligo...

Melado

A eleição da mesa diretora da casa do povo da Dubai Brasileira, no final da tarde da última quarta-feira, foi tensa e marcada por um enredo de acertos, traições e forte retaliação que vou tentar resumir logo à frente.

Disputa

Três candidatos disputavam a presidência: Gelson Merísio, ops, Rodrigues (Cidadania), Omar Tomalih (Podemos), ambos da base, e David La Barrica (Patriota), candidato da oposição, que sempre foi minoria, mas passou a ser majoritária.

Gesto

Gelson fez um gesto nobre de cavalheiro ao retirar o seu nome para que Omar pudesse reunir todos os votos que disse ter, mas não teve, e David acabou eleito por 11 a 8, enfraquecendo o grupo político do prefeito Fabrício Oliveira (New-PL). E ainda com o apoio do até então governista e presidente da câmara até o final deste natalino mês de dezembro Marcos Kurtz (Podemos).

Estremeceu

David, que também até pouco tempo era parte da base de apoio ao governo, estremeceu as relações com o alcaide, e ainda ganhou de brinde o voto de outro vereador da situação: Asinil Medeiros, o galo da Barra (PL), que se mantém eternamente na segunda secretaria da mesa.

Acordo

Na reunião que tiveram com o prefeito na manhã de quarta-feira, saíram cobras e lagartos, mas Omar saiu abençoado, digo, escolhido, o candidato, na presença de Asinil Medeiros, que participou do encontro, mas que votou novamente conforme a sua consciência e contra o seu próprio partido.

Torceu o pescoço

Pra refrescar a memória, Omar, quando estava encastelado na presidência do legislativo, em 2018, torceu o pescoço do galo, digo, deu o voto de minerva, para que fosse instaurado na casa do povo o processo de cassação do vereador Asinil Medeiros, mas não conseguiram derrubar o vereador com apelido de galináceo do puleiro.

Pacote

Nem precisaria do voto de Asinil Medeiros, porque Elizeu Pereira (MDB) estava no “pacote” do governo, mas a pressão da executiva do manda brasa fez com que Elizeu pensasse mais à frente, em 2024, fazendo parte do projeto que tem o ex-tudo Leonel Pavan (PSDB) como mentor e sua filha, a vereadora Juliana Pavan (PSDB), certamente como candidata à prefa da Dubai Maravilha.

Parceria

No mesmo grupo, o rei do berreiro Marcelo Achutti, o Quero-Quero (MDB), também almeja o paço da Dinamarca. Será que vão chegar a um consenso? Bonito ver o Achutti sentado com o Pavan na churrascaria, ou negociando com David, ou até mesmo atento às orientações do agora líder da oposição Eduardo Zanatta (PT), que Achutti sempre criticou por ser o líder da situação.

Corrido

Gelson, que fez gesto de retirar sua candidatura para presidência, acabou corrido da mesa diretora pelo princípio da proporcionalidade e o governo Fabrício ficou sem nenhum cargo na mesa, revelando a fraquíssima articulação ao pleito. Marcos Kurtz ficou com a vice-presidência, Marcelo Achutti com a primeira secretaria, e Asinil Medeiros com a eterna segunda secretaria.

Que aguardo isso

Pior, Marquinhos, que foi eleito presidente pelo Fabrício, teve duas das maiores secretarias inteiramente à disposição de sua candidatura fracassada para deputado federal. Asinil, que mesmo tendo sido quase ceifado por Omar, também revelou sua confiabilidade, dizem que na próxima eleição pode até usar o lema campanha “neste você pode confiar”…

Traição

E Elizeu Pereira, que apalavrou, digo, fechou, com o prefeito Fabrício Oliveira, também mostra que as articulações pelo poder são tão esdrúxulas tanto na situação como na oposição, só mudam os nomes e as siglas dos partidos. A política ama a traição, mas não perdoa os traidores...

Se perdeu

A grande verdade é que o prefeito Fabrício Oliveira se perdeu nesse segundo mandato. Se deslumbrou, abraçou poderosos em busca de mais holofotes pra acalentar o seu ego. Se deixou levar por pastores de igreja que só queriam tirar uma casquinha do poder.

Ego

Fabrício se perdeu no ego do poder, abraçou candidaturas que fizeram o prefeito se afastar de quem sempre esteve ao seu lado e o lançaram próximo do bolsonarismo radical. A cidade ficou em segundo plano.

De tolo, só a cara

Por fim, o próprio David, que de tolo só tem a cara e o jeito de andar, declarou na imprensa após sua vitória que vem construindo essa candidatura há muito tempo e que procurou o prefeito, que o deixou falando sozinho e viajou. Desdenhou do David, achou que o vereador forjado no forno de lenha de suas pizzas iria acabar uma massa mole. Ledo engano.

Não articula nada

O prefeito Fabrício confiou no ex-presidente da câmara de vereadores Omar, e o nomeou secretário de Articulação, mas a coluna cantou em verso e prosa que muitos dos seus pares torceram o nariz quando se aventou para ser novamente presidente. Quando percebeu, tentou atrair a oposição pesada do MDB oferecendo as poderosas secretarias de Educação e Saúde, mas o jogo estava perdido.

3 + 8 = 11

A matemática na política e nos acordos é crucial e já tinha soma de vitória para o David La Barrica. Apesar de tudo isso, David afirmou que espera que o prefeito lhe contate, que está disposto a construir pela cidade. Fabrício se recolhe e fica ainda menor ao bancar o presidente que foi demitido, digo, perdeu as eleições, Jair Bolsonaro (PL), e vive enclausurado, se escondendo.

Acorda, Fabrício!

Dois anos. Sim, dois anos pra que termine o governo e todos aqueles que cercaram o prefeito, lhe tapando os olhos, e fazendo acreditar que FO era o melhor melhor do mundo (te cuida, Auri!), vão desaparecer. A cada dia o prefeito fica menor e, quando acordar, pode ser tarde demais...

Dedo nervoso

Os mais afoitos garantem que na eleição da mesa diretora, além da articulação do próprio David e o apoio do MDB, tem também o dedinho nervoso do ex-tudo Leonel Pavan pra que sua filha Juliana seja candidata em 2024, com apoio do grupo inteiro.

Entrou na sobra

É bom lembrar que a bela emplumada entrou na sobra da matemática eleitoral com 994 votos e só chegou à casa do povo pela votação expressiva do Aldemar Bola Pereira, ex-vereador que ficou de fora para dar lugar à filha do coronel Leonel.

Temperamento difícil

De gênio difícil e explosivo, Juliana revelou seu temperamento, semelhante ao do pai, que não foi aceito como candidato a governador pelo próprio partido, e Juliana, em tapas na mesa, avisou para os colegas que não viessem mais para Balneário Camboriú.

Acordos

Juliana, inconformada por terem deixado seu pai de lado na eleição estadual, saiu da reunião estadual do PSDB aos gritos... Será que alguém vai querer ficar refém do coronelismo? Como dizia o sábio ex-vereador Orlando Anjoletti, ops, Angioletti (União Brasil?): os acordos são feitos para serem descumpridos.

Não, não

O reeleito presidente da piramidal casa do povo, o ex-comunista Marcelo Werner (PSC), garantiu ao DIARINHO que não é oposição ao governo do prefeito barbudinho Volnei Morastoni (MDB), isso logo após sair matéria no jornal taxando ele e o recém-eleito presidente da casa do povo da city da praia alargada, David La Barrica, de oposição aoss dois prefeitos das maiores cidades da região.

Pra dar risada

É fácil falar bonito, de que o legislativo vai atuar, mediar, etc e tal, mas, na prática, tanto Marcelo Werner quanto outros vereadores que se dizem da base têm feito muito mais papel de oposição do que de situação. Aliás, com os vereadores de situação, o governo do paço da Vila Operária nem precisa de oposição. O pior é que teve excelência excelentíssima que leu as falas de Werner e caiu na gargalhada.   

Rede Globo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vociferou contra a vênus platinada durante todo o seu governo. Ameaçou a emissora a não renovar a concessão que venceu neste 2022. E com isso levou seus seguidores a detonarem a Rede Globo. E pensar que ainda tem golpista alucinado em frente aos quartéis depois de Bolsonaro, como num dos seus últimos atos de governo, renovar a concessão da Globo. Acordem!

Boa notícia

O Congresso Nacional derrubou nesta quinta-feira o veto do governo à possibilidade de compensar os estados que investirem recursos próprios em obras federais com o abatimento das dívidas que eles têm com a União. A proposta integrou o Projeto de Lei Orçamentária e agora vai à promulgação.

Acordo

A derrubada deu-se após um acordo de líderes encabeçado pelo líder do governo do Congresso, o senador Eduardo Gomes (PL). Integraram essa articulação parlamentares catarinenses: o senador turco careca Esperidião Amin (PP) e as deputadas Angela Amin (PP) e Carmen Zanotto (Cidadania), que será secretária estadual de Saúde no governo Jorginho Mello (PL). 

Conseguiu justiça

“Santa Catarina conseguiu justiça! Justiça que vai valer para qualquer outro estado do Brasil que faça como nós fizemos. O estado de Santa Catarina colocou recursos estaduais à disposição do DNIT para melhorar o ritmo das obras de execução de rodovias federais em SC. Terá direito agora a abater das suas dívidas com a União os valores que forem aproveitados pelo DNIT na execução dessas obras”, comemorou Esperidião que foi um dos maiores puxa sacos que Bolsonaro já teve.

Dinheiro estadual pra obras federais

Desde o ano passado, o governo estadual firmou convênio com o governo federal para investir R$ 465 milhões de recursos estaduais para obras nas rodovias federais que estão sendo executadas pelo DNIT (BRs 470, 280, 285 e 163). Esses recursos evitaram que os trabalhos fossem paralisados nos últimos meses. Caso contrário...

Nada mais do que justo

O destaque do veto 45 do senador turco careca Amin, artigo 181 da lei nº 14.436 de 09/08/2022, da LDO 22: Na hipótese de transferência de recursos do ente federado para execução de obras de responsabilidade da União, o montante equivalente deverá ser utilizado para abatimento da dívida com o Tesouro Nacional.