JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Zero pra ele...
Enquanto isso na Dubai brasileira...
Dando nos dedos
A Associação Empresarial de Itajaí (ACII) distribuiu um manifesto na tarde de quinta-feira fazendo duras críticas à superintendência do Porto de Itajaí pela condução do processo de transição das operação da galinha de ovos de ouro, ops, do terminal portuário da city pexêra.
Açodada
Na nota a ACII garante que o edital para operação transitória foi realizado de forma açodada, tendo como resultado que apenas três empresas participaram, todas elas de um mesmo grupo econômico e sem expertise na movimentação de contêineres. Uma delas ganhou a licitação que está “eivada de vícios jurídicos” e dificilmente será homologada pela Antaq. Amadorismo puro.
Não honrou
A entidade garante que promoveu algumas reuniões sobre o tema e em outras oportunidades acompanhou as discussões como convidada. Para surpresa da ACII, a superintendência não honrou com compromissos assumidos em algumas reuniões com a APM Terminals. Olha, não consigo acreditar que um assunto tão importante seja tratado assim, sem comprometimento entre as partes nas tratativas.
Só promessas
“Tendo-se frustradas todas as tentativas de ajustes entre a APM e a SPI, embora com promessas, por diversas ocasiões, da superintendência, que se a APM apresentasse determinado valor e proposta por escrito, esta seria aceita pela SPI. Pois bem, isto ocorreu e a superintendência não honrou o seu compromisso”, dizia o trecho da nota que acusa a chefia do porto de Itajaí de não cumprir o acordo.
Não vai operar
Pra finalizar, colocando o dedo na ferida do amadorismo absoluto com o qual foi tratado o processo de transição das operações no Porto de Itajaí, a ACII lembra que a vencedora do processo viciado não vai conseguir operar por quatro premissas simples com as quais a superintendência do Porto de Itajaí não se preocupou.
Obstáculos
Os obstáculos para a operação da empresa vencedora do edital “viciado” são citados na nota da ACII: “a) Não terá equipamentos (portainers); b) Não terá equipamento de inspeção invasiva (escâner); c) Não terá o recinto alfandegado a tempo; d) não ter apresentado até agora um único contrato operacional com nenhum armador de navios “full containers”, uma vez que o edital não exigia movimentação mínima.
Apaga a luz
Desse jeito, o último que apague a luz. Ao escolher bancar as contas da superintendência e esquecer dos reflexos das contas da cidade, já tem quem garanta que Itajaí não honra seus compromissos no ano de 2023. O todo-poderoso secretário da Fazenda, Érico Laurentino, única voz favorável à privatização total do porto no governo, tem dito por onde passa que dia 31 de dezembro ele pede a conta!
Amadores
Pai Atanásio, que anda agoniado com essa situação da saída da APM Terminals do Porto de Itajaí, bispou pelas redondezas da SPI e garante que quem tá mandando e desmandando nisso tudo é gente amadora, que não entende nada de porto. Oh, tristeza!
Profetizou
Este pançudinho anda pegando no pé do ex-tucano Robison Coelho (sem partido) por suas posições políticas equivocadas nesta eleição, mas também não tem problema de reconhecer quando o homem acerta.
Faltou
O ex-candidato a prefeito tem profetizado e avisado, há muito tempo, tudo isso que a ACII falou na nota. E faz sentido mesmo, parece que só não enxergava quem não queria ver! Faltou ouvir um pouco o Coelho, que entende do assunto.
Caos
O país nos últimos dias viveu o caos, com rodovias paradas, caminhões bloqueando o sagrado direito de ir e vir e golpistas orquestrados por organizações criminosas trazendo prejuízos que passam a casa dos bilhões, impactando a todos.
Turismo
Uma das molas propulsoras do estado de Santa Catarina é o turismo. Nossa região, privilegiada por uma natureza exuberante e por visionários que construíram uma infraestrutura de lazer e hospedagem, fizeram com que a Santa & Bela Catarina seja um dos destinos mais almejados do país.
Indústria sem chaminé
As paralisações antidemocráticas, golpistas e criminosas impactaram o turismo e toda a sua cadeia que vive, sobrevive, gera receitas, lucro e empregos. Depois da pandemia, a economia e o turismo vêm se recuperando. Mas desde o domingo e em pleno feriado de Finados (que deveria ser um dia de constrição e reverência aos que já se foram) essa indústria de divisas, sem chaminé, foi prejudicada.
Soberania das urnas
Se tivessem feito manifestações em praças, mesmo que no meu entender fossem antidemocráticas, porque a maior manifestação foi a festa da democracia, o resultado das urnas, onde vitoriosos e derrotados reconhecem a soberania das urnas e a vontade do povo, tudo bem.
Para que tá feio
Uma das cidades mais prejudicadas pelos bloqueios foi a Maravilha do Atlântico, a Dubai brasileira, que teve o feriado com 70% das reservas de hotéis canceladas. E na nossa Balneário Camboriú, o prefeito pop star, Fabrício Oliveira (PL), deixou de lado suas funções administrativas para mergulhar na política. Passadas as eleições, esperava-se que Fabricio voltasse a trabalhar pela cidade que o elegeu. Mas não foi o que aconteceu ainda.
Golpista?
Em vez de estar preocupado com a cidade vazia em pleno feriado, o prefeito tava mais ocupado em repostar imagens de protestos que pedem o cancelamento das eleições e até “intervenção militar”. Alguém precisa falar pro Fabricio voltar a trabalhar ou renunciar e virar pastor de alguma seita pra maluco. Prefeito eleito democraticamente e que não aceita vitória de adversário nas urnas tá precisando de ajuda pra voltar pro prumo.
Coisa de doido
E, talvez, ainda pior, pra se juntar à uma turba que não respeita a Constituição e não aceita a derrota. Fabrício foi eleito pelas urnas, dentro de um processo democrático, o mesmo que elegeu Lula com 60 milhões de votos e também logrou dar ao presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) cerca de 58 milhões de votos. Não é preciso desenhar. Quem perdeu se retira e quem ganhou assume.
Outro mundo...
Enquanto a city da praia alargada amargava prejuízos, no final de contas, igual rastilho de pólvora impacta os restaurantes, as lojas, os shopping, enfim as empresas e os empregos, o alcaide vibrava com a pantomima de estar nas ruas, apoiando manifestações antidemocráticas. Quem conheceu Fabricio lá atrás, tem a impressão que ele foi abduzido.
Transformar
Não se reconhece mais o prefeito eleito “com novas ideias” e reeleito prometendo transformar a cidade. O alcaide escolhido pra dar um tom, um norte a um dos municípios mais importantes do estado e do Brasil, que foi pras ruas coibir os esgotos clandestinos, que fez o alargamento da faixa de areia, mas que nos últimos tempos vive mais na igreja e em reunião política do que dentro da prefeitura.
Jogando videogame
Em uma live, durante a pandemia, a patroa de Fabrício, a bela primeira-dama Mozara Paris, deu uma bronca de que seu marido (Fabrício) não parava de jogar videogame, deixando de lado outras coisas. Fabrício para de brincar de fazer política, digo, jogar videogame, e volta pro paço dos altos da Dinamarca pra governar a cidade.
Esporro
Fabrício, administrar a cidade é bem mais difícil que ficar jogando Counter-Strike na lan house, até entendo, mas foi pra isso que foi eleito e reeleito. Se o Fabrício não se cuidar logo vem um novo esporro da mulher, igual aconteceu em uma das lives do casal na pandemia.
Counter-Strike
Um vereador que também gosta de jogar assoprou ao pançudinho escriba que o prefeito joga o Counter-Strike, que é uma série de jogos eletrônicos de tiro em primeira pessoa multiplayer, no qual times de terroristas e contraterroristas batalham entre si, respectivamente realizando um ato de terror e prevenindo-os. A série iniciou-se no Windows em 1999 com a primeira versão do jogo.
Longe do paço
Prefeito que foi pras ruas licenciado entregar bandeiras (só pra lembrar a bandeira brasileira é de todos e não de alguns ou de um governo) em plena campanha eleitoral. Prefeito que hoje vive teleguiado por denominações religiosas e pastores. Esse não é o Fabrício vereador, deputado, secretário regional, prefeito que conhecemos e que, dizem, sonha em ser governador de Santa Catarina...
Acordar
O prefeito tem mais de dois anos de governo pela frente. É preciso voltar à terra, à razão, e comandar a cidade que lhe elegeu e reelegeu. Governar pra todos. O poder é igual a uma bela mulher ou uma taça de vinho: inebriante, mas passageiro. Fabrício, de gestor exemplar, anda se apequenando e, se não acordar, vai sair bem pequeno, menor do que entrou...
Mutirão de saúde
Governador eleito da Santa & Bela Catarina, Jorginho Mello (PL), anunciou durante entrevistas que o primeiro ato de governo será realizar um mutirão de saúde para começar a reduzir a fila de atendimentos.
Aliviar o sofrimento
Segundo Jorginho, assim que assumir já pretende contratar os procedimentos junto aos hospitais filantrópicos e os médicos. “É desumano que mais de 100 mil pacientes estejam na fila por uma cirurgia. Meu primeiro ato não poderia ser outro. Vamos aliviar o sofrimento da nossa gente”, destacou ele.
Se antecipou
Um dos poucos políticos que se antecipou no começo da semana sobre o resultado do pleito foi o entisicado e bocudo deputado Ivan Naatz, líder da bancada do PL na leléia e que também foi coordenador regional no Vale do Itajaí da campanha dos liberais ao governo estadual e à presidência da República.
Jorginho
Ele destacou em plenário a vitória, a experiência política e o desempenho do senador Jorginho Mello, governador eleito com recorde de votação nas eleições do último domingo, e também opinou sobre os desdobramentos nacionais.
Elogiou
Chamou a atenção dos pares políticos, por outro lado, o fato do deputado Naatz, ferrenho opositor ao governo estadual, também fazer questão de destacar a postura do atual governador Carlos Moisés, que mesmo não chegando ao segundo turno na sua tentativa de reeleição teve um comportamento republicano e democrático.
Momento é de paz
“Foi republicano, respeitou o trabalho da oposição no parlamento. Na posição de líder, mesmo tendo sido um ferrenho opositor, nunca fui perseguido ou ofendido por ele ou por sua equipe de governo. Nossas diferenças foram somente no campo político”, lascou Naatz, acrescentando que o “momento é de paz, de respirar e de compreender os resultados do processo político-eleitoral”.
Prejuízos
Antes ainda de se manifestar publicamente, em vídeo divulgado, já na segunda-feira, nas redes sociais, o entisicado deputado Naatz também opinou sobre as manifestações de bloqueios nas rodovias do Estado por parte de bolsonaristas descontentes com o resultado das eleições presidenciais.
Ir e vir
Naatz, apesar de defender a liberdade de manifestação, chamou a atenção para os prejuízos econômicos e do cerceamento do direito de ir e vir das pessoas, lembrando ainda que o estado votou em massa em Bolsonaro, mas, mesmo assim, seus eleitores estão sendo penalizados pelos bloqueios.
Punindo os eleitores
“A cada quatro pessoas que estão paradas nessas filas, três são nossos eleitores. Estamos parando o nosso próprio eleitor”, afirmou. “Nós fizemos a nossa parte. Agora é esperar passar os quatro anos, fiscalizar, se preparar e vencer”, defendeu.
Na urna
“Mas vencer democraticamente, vencer nas eleições e respeitar as instituições democráticas que estão consolidadas em nosso país. Não é da nossa índole catarinense este tipo de manifestação, vamos continuar trabalhando firme, que é o que melhor sabemos fazer”, complementou.