Sem segurança
Sabichões do mundo jurídico e também entidades importantes, como a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e a Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (FECAM), alertam que não há segurança jurídica hoje pra que o aumento seja dado pelas cities de todo o país, isto sem falar do impacto financeiro.
Praticamente nada
Caso o reajuste seja aplicado, estima-se que 90% dos recursos do Fundeb serão utilizados pra cobrir gastos com folha de pessoal, sobrando praticamente nada pra outros investimentos fundamentais na educação dos alunos. Dá pra concordar com isso?
Greves ilegais
Duas provas dessa inconsistência jurídica rolaram, recentemente, na Santa & Bela nos movimentos de greve de professores em Floripa e em Camboriú, que foram considerados ilegais pela dona justa, com direito a desconto de salário e multa por dia paralisado. Se a greve do dia 7 de março rolar em Itajaí, tem tudo pra ter o mesmo desfecho. Não tem como ser diferente.
Foram duros
A CNM e a FECAM, purexemplo, detonaram que o critério de reajuste anual do piso do magistério, fixado na Lei 11.738/2008, foi revogado com a Lei 14.113/2020, que regulamentou o novo Fundeb, entendimento confirmado pelo Ministério da Educação, com base em parecer jurídico da Advocacia-Geral da União (AGU). Com isso, as entidades alertaram as prefas Brasil afora que não se baseassem no anúncio de uma portaria sem base legal, divulgada no Twitter do presidente da República. Ai, ai, ai, que dor!
Já ganham mais
Pra piorar, independente de questões jurídicas, os professores municipais da city peixeira, em início de carreira, já ganham bem mais do que os R$ 3.845,63 propostos por Bolsonaro. É isso mesmo, os profes e o Sindifoz querem fazer uma nova greve, depois da categoria ficar dois anos praticamente parada e recebendo em dia na pandemia de coronavírus, com direito a boas viagens de grupos de professoras para Gramado (RS) e o Nordeste, e de retornar ao trampo ano passado, já fazendo uma greve pra receber quase 10% de aumento. E isso tudo recebendo, pasmem, R$ 4.974,11 de salário inicial.
Querem R$ 6 mil
Na prática, o que os professores de Itajaí querem é um salário inicial próximo de R$ 6 mil, mais exatamente R$ 5.960,72, bem acima dos R$ 3.845,63 propostos pelo presidente. Isso sem falar do vale-alimentação de R$ 532,98, que também recebem, e que, se fosse somado, renderia R$ 6.493,70 aos profes em início de carreira na rede municipal peixeira.
Tim-tim por tim-tim
Entenda melhor a conta. O professor, que entra na rede municipal de Itajaí, começa recebendo um vencimento de R$ 3.209,10, mais 35% de regência de classe e outros 20% de complementação de carga horária, chegando aos R$ 4.974,11 de salário inicial pra 40 horas semanais. Um bom salário.
Querem tudo
Agora, os profes e o Sindifoz querem que o vencimento passe pra R$ 3.845,63, mais os 55% de regência e complementação em cima do valor, chegando ao salário inicial de R$ 5.960,72, fora o vale-alimentação de R$ 532,98.
Lamentável
Respeito muito os professores de Itajaí. Atuam numa das profissões mais lindas e importantes que existe, mas, neste caso, o posicionamento é completamente equivocado. Parece até que, com a pandemia, se acostumaram a receber salário sem precisar ir trabalhar, enquanto as outras categorias e muitos pais de família ralam pra sobreviver no meio da crise mundial. Os professores de Itajaí hoje estão reivindicando algo que já ganham além. Lamentável!
Dá só os R$ 3.845,63
Não sei se legalmente é possível, mas deixo um conselho ao prefeito barbudinho Volnei Morastoni (MDB), que certamente será apoiado pelo povão. Dê aos professores, que querem fazer greve, exatamente os R$ 3.845,63 e retire de todos os 35% a mais de regência de classe e os 20% de complementação de carga horária. Caso eles não aceitem, ficará provado que a briga não é pelo piso proposto por Bolsonaro, mas, sim, por começar ganhando quase R$ 6 mil. Duvido que vão aceitar!
Taradão
As notas da coluna sobre um vereador taradão na região deixaram de cabelo em pés uma pá de políticos. O bafafá que rola é o assunto único que se fala nos corredores da casa do povo, em questão, já que, quem ainda não sabia do ocorrido, ficou sabendo pela exposição da coluna e pela fofocalhada que tomou conta.
Protegidas
Essas mulheres assediadas merecem a maior proteção de suas imagens e que se faça justiça, punindo o assediador, mas elas precisam de coragem e amparo para formalizarem as denúncias contra esse parlamentar mão boba.
Panos quentes
A operação no legislativo, num corporativismo vergonhoso - para colocar panos frios na história, com ameaças veladas de demissão e retaliações para quem denunciasse o escândalo, não pode acontecer nos dias de hoje.
Despertou
A história medonha despertou a discreta Mãe Jacira, que não costuma muito se meter na vida da coluna e da sua cara-metade, o Pai Atanásio, nosso colaborador habitual. A doce esposa de nosso ranzinza preferido jurou que, se o vereador escroto passasse na sua frente, ela iria capar o sem-vergonha. Ui!
Foi pra cima
Não sei se tem algo a ver, mas, quinta-feira, a minha musa acelerada Aline Aranha (UB) usou a tribuna da piramidal casa do povo, incisiva e econômica nas palavras. Disse que ficou sabendo “nessa casa” de assédio e má conduta com servidores. Declarou que não quer ser injusta, mas vai lutar contra. Falou especificamente de mulheres.