Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Missão cumprida
O Marcílio Dias ficou muito distante da vaga na grande final do Catarinense ao ser goleado pela Chapecoense, em casa, por 4 a 1. Apesar do balde de água fria na expectativa da torcida pela chance de voltar a disputar o título estadual depois de 21 anos, o Marinheiro vai a Chapecó na quarta-feira, pro jogo de volta, com a sensação de que ficou entre os quatro melhores do estado e está evoluindo degrau por degrau. A sua missão já foi cumprida, que era garantir a vaga na série D do Brasileiro de 2022 e mostrar que o projeto de reconstrução do clube já está colhendo seus frutos. Foram 21 anos de espera até chegar à fase semifinal novamente e isso precisa ser valorizado. Valorizado porque o Marinheiro enfrenta uma das suas maiores crises financeiras nos últimos anos, uma crise sem precedentes por se tratar de uma pandemia que o impede de contar com a sua torcida na arquibancada. O Marcílio não é um clube que depende do dinheiro de uma grande empresa para montar times competitivos. O torcedor é o seu principal “patrocinador” e sem ele no estádio as coisas ficam mais difíceis. Ainda assim, de 12 times, o Marcílio chegou entre os quatro primeiros, lutando muito e orgulhando a sua torcida e Itajaí.
Resultado injusto
O placar de 4 a 1 não diz o que foi o jogo, mas traduz a diferença técnica entre as duas equipes. A Chapecoense veio para Itajaí muito focada em matar o confronto semifinal aqui e não tomar o susto que tomou do Figueirense nas quartas de final. E a qualidade técnica e o orçamento de série A de Brasileiro fizeram a diferença. A Chape precisou de quatro finalizações para marcar quatro gols, aproveitando as falhas defensivas do Marinheiro. Do outro lado, o Marcílio martelou, martelou, mas conseguiu marcar apenas uma vez com Wallace de cabeça. Teve milagre do goleiro da Chape na finalização de Luan dentro da pequena área, teve a bola de Gustavo Henrique de cabeça raspando a trave e teve um gol muito mal anulado de Weriton, no rebote de falta. Naquela altura, o jogo estava 3 a 1 e ficaria 3 a 2, deixando o placar mais justo pelo que foi a partida e pela coragem do Marcílio em ir pra cima do adversário em busca do resultado. Os desfalques fizeram toda a diferença, já que Teco teve que improvisar no seu setor defensivo. Luiz Renan na lateral esquerda e o zagueiro Matheus Cabral de volante não deram certo. Sem os titulares Fernando, Luiz Meneses e David Batista, além de jogadores que estão no DM, como Magrão, Paulinho, Daniel Pereira, entre outros, o Marinheiro teve que se superar e Teco fez o que pode pra armar o time e fazer um bom enfrentamento contra o melhor time do campeonato.